Havana, 20 jun (RV) - A Igreja Católica continuará fazendo a mediação pelos
presos políticos cubanos, disse este domingo a líder da organização Damas de Branco,
Laura Pollán, após se reunir, esta semana, com funcionários da Arquidiocese de Havana. “Eles
nos disseram que vão continuar nos apoiando quanto a continuar pedindo que sejam libertados
os presos que consideramos políticos e pacíficos” - disse Pollán à imprensa, ao encabeçar
a caminhada dominical de meia centena de mulheres e parentes de presos políticos,
na região oeste de Havana. Após um diálogo inédito entre o Cardeal Jaime Ortega
e o presidente Raúl Castro, em maio de 2010, 130 presos políticos foram libertados
em um processo gradual e a maioria deles viajou para a Espanha com seus familiares. Entre
os libertados, estão os 52 opositores que ainda estavam presos, dos 75 dissidentes
condenados em 2003. Doze deles se negaram a emigrar e permanecem na ilha. Segundo
fontes da dissidência, publicadas pela Agência France Presse, 60 presos por motivos
políticos permanecem nas prisões cubanas. (CM)