2011-06-19 19:44:52

Bento XVI pediu aos jovens que aprendam a refletir, a “ler” em profundidade as suas próprias experiências humanas.


(19/6/2011) A busca de resposta às questões de fundo que cada um se coloca na vida e o sentido da verdadeira liberdade foram os dois aspetos desenvolvidos por Bento XVI no seu aguardado encontro com os jovens da diocese de São Marino – Montefeltro. Encontro que decorreu ao fim da tarde deste domingo, na praça em frente à catedral, em Pennabilli.

Evocando “as grandes interrogações” que cada um leva dentro de si, o Papa fez notar que estas são “o mais elevado sinal da transcendência do ser humano e da capacidade que temos de não nos determos na superfície das coisas”.

“Caros amigos, convido-vos a tomardes consciência desta sã inquietação, positiva; a não terdes medo de vos colocardes as perguntas fundamentais sobre o sentido e sobre o valor da vida. Não vos detenhais nas respostas parciais, imediatas, sem dúvida as mais fáceis e cómodas, que podem dar-vos algum momento de felicidade, de exaltação, de embriaguez, mas que não levam à verdadeira alegria de viver, de quem não constrói sobre a areia, mas sim sobre a rocha sólida”.

Bento XVI pediu aos jovens que aprendam a refletir, a “ler” em profundidade as suas próprias experiências humanas, na certeza de que terão a alegria de descobrir que “o coração é uma janela aberta sobre o infinito”.

“Mesmo na era do progresso científico e tecnológico, o homem permanece um ser aberto à verdade integral da sua existência, que não se detém nas coisas materiais, mas se abre a um horizonte muito mais vasto”.

Observando que na experiência humana comum a todos existem “diversos níveis de significado”; Bento XVI fez notar que “é aqui que se decide como orientar a própria vida, escolhendo a quem a confiar, a quem se confiar”. O risco – advertiu - é o de ficar prisioneiro do mundo das coisas, do relativo, do útil, perdendo a sensibilidade ao que diz respeito à dimensão espiritual.

“Não se trata de modo algum de desprezar o uso da razão ou de rejeitar o progresso científico, bem pelo contrário. Trata-se, isso sim, de compreender que cada um de nós não é feito apenas de uma dimensão horizontal, mas compreende também a dimensão vertical. Os dados científicos e os instrumentos tecnológicos não se podem substituir ao mundo da vida, aos horizontes de significado e de liberdade, à riqueza das relações de amizade e de amor”.

E é precisamente na abertura à verdade total de nós próprios e do mundo que nos damos conta da iniciativa de Deus em relação a nós – sublinhou o Papa. Ele vem ao encontro de cada um de nós e dá-nos a conhecer o mistério do seu amor.

“A palavra de Cristo mostra que a vossa vida encontra significado no mistério de Deus, que é Amor! O que seria a nossa vida sem o amor? Deus toma cuidado do homem desde a sua criação até ao fim dos tempos, quando levará a cumprimento o seu projeto de salvação. No Senhor Ressuscitado temos a certeza da nossa esperança!”









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