2011-06-18 13:15:56

ARCEBISPO VEGLIÒ: ABRIR CANAIS HUMANITÁRIOS PARA SOCORRER NO MAR OS REFUGIADOS


Cidade do Vaticano, 18 jun (RV) - "O acolhimento é um dever da Europa em relação a estes homens e estas mulheres e, portanto, pedimos aos governos europeus que façam todo o possível para socorrer as embarcações que se encontram no mar."

O apelo foi feito nesta quinta-feira pelo Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, Dom Antonio Maria Vegliò, por ocasião da vigília de oração pelas vítimas das viagens rumo à Europa, que teve como tema "Morrer de esperança", celebrada em Roma, na Basílica de Santa Maria em Trastevere.

A vigília foi organizada pela Comunidade romana de Santo Egidio, Fundação Migrantes, Centro Astalli, Federação Igrejas Evangélicas na Itália, Caritas italiana e Acli (Associação de trabalhadores italianos cristãos).

"Pedimos a todos que vivam a dimensão do acolhimento, sabendo que no acolher jamais se perde alguma coisa, mas se aproveita uma ocasião preciosa para reencontrar também a nossa humanidade", ressaltou o Arcebispo.

"Nos pequenos centros e localidades onde se encontram os refugiados, muitos italianos demonstraram com gestos, oferecendo roupas e indo ao encontro deles – como fizeram os cidadãos de Lampedusa –, que há mais alegria no acolhimento do que no fechamento em si mesmos", acrescentou Dom Vegliò.

Nos primeiros cinco meses deste ano, 1820 pessoas morreram no mar Mediterrâneo, das quais 1633 em viagem via maris rumo à Itália. "Esses últimos meses foram trágicos. Das embarcações que partiram da Líbia, algumas estavam em condições tais que assim que saíram das águas territoriais líbias começaram encher-se de água", observou o Presidente do dicastério vaticano.

"Recordar essas pessoas torna-se um compromisso para despertar as consciências e ajudar a agir em favor do bem de todos", concluiu o Arcebispo.

As organizações promotoras fizeram apelo à comunidade internacional e às instituições a fim de que "se faça urgentemente a abertura de canais humanitários e se assegure a transferência das pessoas a lugares seguros. Somente um esforço conjunto, nesse sentido, pode impedir que as pessoas em fuga arrisquem a própria vida no mar". (RL)







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