Aprovada a Convenção sobre o trabalho domestico. D. Tomasi: é um dever tutelar quem
desempenha mansões “invisiveis”
(17/6/2011) Os 183 membros da Organização Internacional do Trabalho (OIT) aprovaram
nesta quinta-feira em Genebra, Suíça, a convenção sobre o trabalho doméstico, que
pretende garantir condições de trabalho dignas a milhões de pessoas, na sua maioria
mulheres. A convenção, discutida desde o início da 100ª Assembleia da OIT, foi
aprovada por 396 votos a favor, 16 contra e 63 abstenções. Em declarações à Rádio
Vaticano, o observador permanente da Santa Sé na organização, arcebispo Silvano Tomasi,
fala numa “etapa muito importante”. “Desde os anos 60 do século passado, começou
a falar-se, na OIT, da necessidade de uma proteção particular para os trabalhadores
domésticos, porque eram vistos, como ainda são, como uma categoria de trabalhadores
invisíveis”, indicou o prelado italiano. A maior parte destas pessoas, diz o representante
da Santa Sé, é constituída por “mulheres, muitas vezes emigrantes, que foram para
outros países servir pessoas idosas, crianças”. A assembleia da OIT conta com a
participação de representantes governamentais, das federações patronais e dos sindicatos
de cada país integrante da organização. Para a OIT, a aprovação do texto é "histórica",
já que constitui o primeiro instrumento jurídico internacional para os trabalhadores
domésticos, que representam pelo menos 52,6 milhões de pessoas no mundo.