2011-06-17 18:02:52

APRESENTADA EXPOSIÇÃO-HOMENAGEM DE ARTISTAS A BENTO XVI, POR OCASIÃO DE SEU 60º ANIVERSÁRIO SACERDOTAL


Cidade do Vaticano, 17 jun (RV) - A tradição cristã e a tradição artística contemporânea devem encontrar espaços adequados de diálogo. Foi o que disse o Presidente do Pontifício Conselho para a Cultura, Cardeal Gianfranco Ravasi, apresentando na manhã desta sexta-feira, na Sala de Imprensa da Santa Sé, a exposição intitulada "O esplendor da verdade, a beleza da caridade".

A iniciativa é uma homenagem de 60 artistas a Bento XVI, por ocasião do 60º aniversário, dia 29 do corrente, de sua ordenação sacerdotal. A exposição, montada no adro da Sala Paulo VI, de 5 de julho e 4 de setembro, será inaugurada pelo Santo Padre no dia 4 de julho.

Apresentando a mostra, o Cardeal Ravasi observou que os caminhos percorridos pela arte e pela fé encontram-se hoje cada vez mais distantes:

"Os dois caminhos se separaram. A teologia, a liturgia seguiram outras trajetórias quando devíamos introduzir em seus espaços o tema estético. Por outro lado, as artes tiveram seus percursos, muitas vezes de modo bastante surpreendente e desconcertante, chegando ao ponto de ser blasfemas e, consequentemente, provocatórias em relação ao ponto de partida, que era religioso; dimensão que, durante séculos, foi cúmplice da cultura."

Mas esses caminhos, embora sendo distantes – acrescentou o purpurado –, têm uma meta comum:

"O diálogo entre arte e fé é necessário, dado o parentesco existente entre essas duas diferentes expressões do espírito humano, que tendm ambas, por caminhos diferentes, ao eterno e infinito. E é por isso que é significativo que também a arte contemporânea, afinal, desejos, continue repetindo o desejo de poder, ainda, embocar esses caminhos da altura do transcendente, do mistério."

Por fim, o Cardeal Ravasi, respondendo a uma pergunta sobre a estátua de João Paulo II recentemente colocada na Estação Termini de Roma (muito criticada pelos romanos), recordou que não cabia ao Pontifício Conselho para a Cultura dar uma autorização, mas um parecer estético sobre a obra.

Numa primeira documentação havia sido expresso um parecer negativo, ao passo que um parecer positivo fora expresso num segundo esboço, precisou o purpurado. (RL)







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