SANTA SÉ PEDE AÇÕES CONCRETAS EM DEFESA DAS MULHERES
Genebra, 16 jun (RV) - A violência contra a mulher continua a ser um grave
problema em muitos países do mundo e para mudar esta situação, um dos melhores instrumentos
é a educação. A reflexão foi apresentada pelo observador permanente da Santa Sé, Dom
Silvano Tomasi, na 17ª Sessão do Conselho para os Direitos Humanos da ONU, que em
andamento em Genebra, na sessão dedicada à mulher.
Entre as várias agressões,
citou-se o estupro como arma de guerra, o tráfico de meninas, os abusos contra empregadas
domésticas, os sequestros e conversões forçadas, casamentos e abortos obrigados.
Dom
Tomasi recordou palavras do Papa Bento XVI: “mesmo que a violência seja mais frequente
onde há pobreza e instabilidade social, devemos reconhecer que alguns sistemas legais
e tradições ainda a toleram: Em alguns lugares e culturas, elas são discriminadas
ou subestimadas só por serem mulheres”.
“Diante de fenômenos graves e persistentes,
os cristãos têm um compromisso cada vez mais urgente em promover uma cultura que reconheça
a dignidade que pertence às mulheres, na lei e na realidade concreta” – disse o representante
da Santa Sé.
Para prevenir esse tipo de violência, Dom Tomasi sugeriu a instauração
de melhorias no nível de vida e o acesso à educação. Neste sentido, recordou o ensinamento
da Igreja sobre a “igualdade de dignidade na unidade de homem e mulher, na arraigada
e profunda diversidade entre o masculino e o feminino, em sua vocação à reciprocidade
e à complementariedade, à colaboração e à comunhão”.
“Minha delegação considera
que é possível melhorar a situação das mulheres e lutar contra o flagelo da violência,
construir uma igualdade criativa e um respeito mútuo que previnam todo recurso à violência”
- concluiu o observador. (CM)