A campanha para a atribuição do Prémio Nobel da Paz 2011 às mulheres africanas – NOPPAW
– lançada há dois anos na Itália pela ONG “Chiama l’Africa” e pelo CIPSI, está a caminhar
a bom ritmo, exactamente como as mulheres africanas que, todas as manhãs, se levantam
e se põem a caminho para manter a África de pé. Foram, de facto, os passos dessas
mulheres, em constante actividade, que deram origem à campanha, cujo lema é precisamente
“A África que anda com os pés das mulheres”. O dossier NOPPAW foi entregue, em
Fevereiro passado, à Comissão do Nobel, na Suécia e, em Maio, a iniciativa foi apresentada
também no Ministério dos Negócios Estrangeiros da Itália e no Parlamento Europeu.
Participou activamente nessas apresentações um grupo de mulheres de renome proveniente
de vários países da África. O grupo percorreu também, juntamente com os organizadores
da campanha, diversas cidades italianas, com o intento de promover esta causa. Quem
não se sente suficientemente envolvida na iniciativa é a diáspora africana, especialmente
na Itália. E nem sequer a UA que, em 2010, lançou a “Década da Mulher Africana” precisamente
para dar novo impulso à causa feminina em África parece ter sido devidamente interpelada.
A estas observações responde, em Afrofonia, Paola Berbeglia, da CIPSI, que ilustra
também as diversas etapas da campanha. Intervém também na transmissão a deputada italiana
no Parlamento Europeu, Sílvia Costa, do Partido Democrático, que apoia a campanha
e que convida, no entanto, a envolver devidamente a diáspora. Solicitação partilhada
por Susanne Diku, médica, Presidente da Associação das Mulheres da República Democrática
do Congo que se interroga sobre as razões do não envolvimento da UA. Para mais pormenores,
oiça o programa em italiano.