2011-06-14 12:03:50

CASO DA JOVEM CATÓLICA SEQUESTRADA NO PAQUISTÃO: PODE DESAPARECER NO EXTERIOR


Lahore, 14 jun (RV) - Farah Hatim, a jovem católica paquistanesa de 24 anos, sequestrada por um muçulmano, convertida a força e obrigada a um casamento islâmico, “corre o risco de desaparecer ou de ser vendida no exterior”: é o que afirmam fontes da agência Fides no Punjab, observando que nestes dias a pressão sobre o caso está aumentando e “o castelo de mentiras pode ser desmoronado”. Como prova disso, Khalid Shaeen, homem político que ajudou a família muçulmana a sequestrar Farah, foi afastado do cargo e negada a participação no partido da Liga Muçulmana-N.

Mas para salvar Farah o tempo está se esgotando. “Quanto mais o tempo passa, mais difícil será libertar Farah: por isto é preciso um esforço conjunto da Igreja e da sociedade civil, orações e a pressão internacional”, acrescentou à Agência Fides uma religiosa do Punjab - que pediu para permanecer anônima por razões de segurança. “A questão é complicada”, disse a religiosa encarregada de recuperar e esconder algumas meninas que a comunidade cristã consegue tirar do destino de “islamização forçada - mais de 700 casos todos os anos: “Farah foi forçada a assinar uma declaração afirmando que tinha se convertido e se casada por vontade própria. O texto foi apresentado à polícia e nos tribunais, então, legalmente o caso foi considerado encerrado. “Será possível reabri-lo somente com uma declaração por escrito, em que Farah testemunhe que esses documentos foram feitos com base em ameaças e torturas”.

Mas hoje à jovem não é permitido sair de casa ou falar livremente com os seus familiares, “ela vive de fato segregada, então tudo é muito difícil”. Por esta razão, a religiosa pede “a oração dos fiéis de todo o mundo” e “uma campanha de pressão internacional para sensibilizar as autoridades civis paquistanesas e motivar neles o envolvimento nesse caso” que se insere, acrescenta, “na evidente violação dos direitos das mulheres no Paquistão”.

Entretanto, a Comissão “Justiça e Paz” da Diocese de Multan (onde se encontra a cidade de Rahim Yar Khan, no sul de Punjab) está recolhendo informações para elaborar um relatório oficial. (SP)








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