CASO DA JOVEM CATÓLICA SEQUESTRADA NO PAQUISTÃO: PODE DESAPARECER NO EXTERIOR
Lahore, 14 jun (RV) - Farah Hatim, a jovem católica paquistanesa de 24 anos,
sequestrada por um muçulmano, convertida a força e obrigada a um casamento islâmico,
“corre o risco de desaparecer ou de ser vendida no exterior”: é o que afirmam fontes
da agência Fides no Punjab, observando que nestes dias a pressão sobre o caso está
aumentando e “o castelo de mentiras pode ser desmoronado”. Como prova disso, Khalid
Shaeen, homem político que ajudou a família muçulmana a sequestrar Farah, foi afastado
do cargo e negada a participação no partido da Liga Muçulmana-N.
Mas para
salvar Farah o tempo está se esgotando. “Quanto mais o tempo passa, mais difícil será
libertar Farah: por isto é preciso um esforço conjunto da Igreja e da sociedade civil,
orações e a pressão internacional”, acrescentou à Agência Fides uma religiosa do Punjab
- que pediu para permanecer anônima por razões de segurança. “A questão é complicada”,
disse a religiosa encarregada de recuperar e esconder algumas meninas que a comunidade
cristã consegue tirar do destino de “islamização forçada - mais de 700 casos todos
os anos: “Farah foi forçada a assinar uma declaração afirmando que tinha se convertido
e se casada por vontade própria. O texto foi apresentado à polícia e nos tribunais,
então, legalmente o caso foi considerado encerrado. “Será possível reabri-lo somente
com uma declaração por escrito, em que Farah testemunhe que esses documentos foram
feitos com base em ameaças e torturas”.
Mas hoje à jovem não é permitido sair
de casa ou falar livremente com os seus familiares, “ela vive de fato segregada, então
tudo é muito difícil”. Por esta razão, a religiosa pede “a oração dos fiéis de todo
o mundo” e “uma campanha de pressão internacional para sensibilizar as autoridades
civis paquistanesas e motivar neles o envolvimento nesse caso” que se insere, acrescenta,
“na evidente violação dos direitos das mulheres no Paquistão”.
Entretanto,
a Comissão “Justiça e Paz” da Diocese de Multan (onde se encontra a cidade de Rahim
Yar Khan, no sul de Punjab) está recolhendo informações para elaborar um relatório
oficial. (SP)