UGANDA: BISPO ALERTA PARA AUMENTO DA INFLUÊNCIA DO FUNDAMENTALISMO ISLÂMICO
Lugazi, 13 jun (RV) - Para combater a crescente influência do fundamentalismo
islâmico é necessária uma educação mais focada. É o apelo lançado pelo bispo de Lugazi,
Uganda central, Dom Matthias Ssekamanya, durante uma visita à sede da Obra internacional
de direito Pontifício “Ajuda à Igreja que Sofre”, em Königstein, na Alemanha. Falando
sobre a situação no país, o bispo disse que os muçulmanos assumiram papéis-chave em
vários importantes ministérios ugandenses, incluindo o da economia e da educação.
As estatísticas oficiais mostram que cerca 12% dos 33 milhões de ugandenses
são seguidores do Islã, enquanto as fontes muçulmanas afirmam que tal percentual seja
de 33%; e o radicalismo está cada vez mais se difundindo. Dom Ssekamanya destacou
também que essas estatísticas sobre a pertença religiosa são muitas vezes utilizadas
como instrumentos políticos.
O bispo também argumenta que, na sua diocese,
prevalentemente rural, é necessário um esforço maior para melhorar a educação e contrastar
assim a influência do fundamentalismo islâmico. Cerca de 42% do meio milhão de pessoas
na diocese de Lugazi são católicos.
A diocese atualmente se ocupa de 194 escolas
primárias e 26 escolas secundárias, freqüentadas por mais de 75 mil estudantes, assistidos
por 2.300 professores. O objetivo do bispo é melhorar a qualidade da educação e a
formação dos funcionários, para que a educação escolar seja capaz de dar uma sólida
formação humana de modo a oferecer aos estudantes a oportunidade de freqüentar a universidade.
Além disso, dado que a educação não é uma tarefa apenas limitada às escolas,
Dom Ssekamanya quer concentrar os seus esforços também no apostolado da família: “Queremos
fortalecer a consciência da dignidade do matrimônio e da família entre os fiéis, os
pais têm um papel profético na vida da paróquia”, afrimou no seu discurso divulgado
pela Catholic News Agency. (SP)