2011-06-09 13:23:18

Bento XVI a seis novos Embaixadores: Necessidade imperativa de uma ecologia humana, com energias limpas e não perigosas. Não à tecnologia subjugada aos interesses de parte.


(9/6/2011) “Adotar em tudo uma maneira de viver respeitadora do meio ambiente e apoiar a busca e exploração de energias limpas que salvaguardem o património da criação e não constituam perigo para o homens”: “prioridades políticas e económicas” vivamente recomendadas pelo Papa, recebendo nesta quinta-feira, em audiência conjunta, as Cartas Credenciais de seis novos Embaixadores, de diversos continentes: Guiné Equatorial e Gana (África), Belize (América Central), Moldávia (Leste europeu), Síria (Médio Oriente), e Nova Zelândia (Oceânia). Recordando que o primeiro semestre deste ano tem sido marcado por “inumeráveis tragédias que afetam a natureza, a técnica e as populações”, Bento XVI falou da “necessidade imperativa” de uma “ecologia humana”. Trata-se de “rever totalmente a nossa abordagem da natureza”.

“A natureza não é unicamente um espaço explorável ou lúdico. É o lugar nativo do homem, de algum modo a sua “casa”. Algo de essencial. Para o Papa, há que “chegar rapidamente a uma arte de viver conjuntamente que respeite a aliança entre o homem e a natureza”, sem o que “a família humana corre o risco de desaparecer”.

“Há que promover uma séria reflexão e propor soluções concretas e viáveis. O conjunto dos governos deve empenhar-se em proteger a natureza, ajudando-a a desempenhar o seu papel essencial, para a sobrevivência da humanidade”.

Bento XVI considerou que as Nações Unidas se apresentam como o quadro natural para essa reflexão que – advertiu – não deveria ser obnubilada por interesses políticos e económicos cegamente partidários, privilegiando isso sim a solidariedade, acima de qualquer interesse particular.

Detendo-se sobre o papel da tecnologia - e o seu “justo lugar”, Bento XVI fez notar que as proezas tecnológicas vêm acompanhadas de desastres sociais e ecológicos.

“A técnica que domina o homem, priva-o da sua humanidade. O orgulho que gera fez nascer nas nossas sociedades um economicismo insuportável e certo hedonismo que determina, de modo subjetivo e egoísta, os comportamentos… É urgente conjugar a técnica com uma forte dimensão ética..”

“Os governantes devem promover um humanismo que respeite a dimensão espiritual e religiosa do homem. Porque a dignidade da pessoa humana não varia com o flutuar das opiniões. Respeitar a sua aspiração à justiça e à paz permite a construção de uma sociedade que se autopromove quando apoia a família ou recusa, por exemplo, o primado exclusivo das finanças”.









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