PAPA CONVIDA A REZAR PARA QUE O ESPÍRITO SANTO FAÇA SURGIR NOVAS VOCAÇÕES MISSIONÁRIAS
Cidade do Vaticano, 07 jun (RV) - "Para que o Espírito Santo faça surgir em
nossas comunidades numerosas vocações missionárias, dispostas a consagrar-se plenamente
à difusão do Reino de Deus":
Essa é a intenção missionária de oração do Santo
Padre para o mês de junho. Um pedido que evoca, naturalmente, a Solenidade de Pentecostes,
que celebraremos no próximo domingo.
Aproveitamos para recordar algumas passagens
do magistério de Bento XVI sobre a natureza missionária da Igreja.
"A missão
renova a Igreja, revigora a fé e a identidade cristã": na Mensagem para o Dia Mundial
das Missões deste ano, o Pontífice retomou uma passagem da encíclica "Redemptoris
Missio" do Beato João Paulo II para ressaltar que a Igreja é missionária por natureza.
Consequentemente,
a Igreja "jamais pode fechar-se em si mesma" – escreve o Papa. Impelidos pelo Espírito
Santo, os cristãos, como os discípulos no Cenáculo, são chamados a anunciar a Boa
Nova:
"A Igreja deve sempre novamente tornar-se aquilo que ela já é: deve abrir
as fronteiras entre os povos e romper as barreiras entre as classes e as raças. Nela
não pode haver nem esquecidos nem desprezados (...) Vento e fogo do Espírito Santo
devem, sem cessar, abrir aquelas fronteiras que nós homens continuamos criando entre
nós; devemos sempre novamente passar da Babel, do fechamento em nós mesmos, para o
Pentecostes." (Missa de Pentecostes, 15 de maio de 2005)
É tarefa da
Igreja – observou o Papa no 40º aniversário do Decreto conciliar "Ad gentes" – "comunicar
incessantemente" o amor divino, "graças à ação vivificadora do Espírito Santo". E
reiterou que todo cristão deve fazer-se missionário, todo batizado é chamado a anunciar
o Evangelho a todos os povos. Isso "não é algo facultativo, mas a vocação própria
do Povo de Deus":
"O anúncio e o testemunho do Evangelho são o primeiro serviço
que os cristãos podem oferecer a toda pessoa e a todo o gênero humano, chamados a
comunicar a todos o amor de Deus que se manifestou plenamente no único Redentor do
mundo, Jesus Cristo." (Audiência ao Simpósio por ocasião dos 40 anos do Decreto
"Ad gentes", 11 de março de 2006)
Por outro lado, o Santo Padre ressaltou
que, sobretudo hoje, o compromisso missionário deve se harmonizar com o diálogo:
"A
Igreja hoje é chamada a enfrentar os novos desafios e está pronta a dialogar com culturas
e religiões diferentes, buscando construir, com toda pessoa de boa vontade, a convivência
pacífica entre os povos." (Audiência ao Simpósio por ocasião dos 40 anos do Decreto
"Ad gentes", 11 de março de 2006)
Vivificados pelo Espírito Santo, somos
chamados à missão – exorta Bento XVI. Um compromisso que "exige paciência e visão
de futuro, coragem e humildade, escuta de Deus e vigilante discernimento dos sinais
dos tempos":
"O espírito missionário da Igreja é nada mais que o impulso de
comunicar a alegria que nos foi dada. Que ela seja sempre viva em nós e, por conseguinte,
se irradie no mundo em suas tribulações." (Discurso à Cúria Romana, 22 de dezembro
de 2008) (RL)