2011-06-06 12:23:26

Concluída a viagem de Bento XVI á Croácia centrada na herança cristã do Velho Continente, na defesa da família e na resistência católica a ideologias adversas


(6/6/2011) No fim da tarde deste domingo, Bento XVI concluiu uma visita de 33 horas à Croácia, em que manifestou a sua preocupação pela defesa da herança e da mensagem cristã na Europa, lembrando o exemplo de mártires como o beato Alojzije Stepinac (1898-1960).
“A oração junto do túmulo do Beato Cardeal Stepinac fez-nos recordar de modo especial todos aqueles que sofreram, e sofrem também hoje, por causa da sua fé no Evangelho”, indicou, diante de autoridades civis e religiosas.
No discurso que devia proferir no aeroporto internacional de Zagreb, sobre o qual se abateu uma forte chuvada que além de atrasar a partida de regresso a Roma levou a que tal discurso não fosse proferido, Bento XVI passava em revista os principais momentos da viagem, com a qual, segundo o próprio, quis “confirmar na fé em Jesus Cristo, único Salvador, a Igreja peregrina na Croácia”.
“Unânime e sentida foi, na manhã a participação na santa missa por ocasião da Jornada Nacional das Famílias. O encontro de ontem no Teatro Nacional permitiu-me partilhar algumas reflexões com os representantes da sociedade civil e das comunidades religiosas”, elencou.
“Depois, durante a intensa vigília de oração, os jovens mostraram-me o rosto luminoso da Croácia, voltado para o futuro, iluminado por uma fé viva, como a chama de uma lâmpada preciosa, recebida dos pais e que requer ser guardada e alimentada ao longo do caminho”, prosseguiu Bento XVI.
O Papa considerou “motivo de alegria constatar quão viva está ainda atualmente a antiga tradição cristã na Croácia.
“Esta vitalidade eclesial, que se há de manter e reforçar, não deixará de produzir os seus efeitos positivos na sociedade inteira, graças à colaboração –que espero sempre serena e profícua – entre a Igreja e as instituições públicas”, observou.
Bento XVI deixava votos de que “neste tempo, em que parecem faltar pontos firmes e fidedignos de referência, possam os cristãos, todos «juntos em Cristo», pedra angular, continuar a ser como que a alma da nação, ajudando-a a desenvolver-se e a progredir”.
No primeiro dia da visita, o Papa tinha pedido que a história croata e a sua integração na União Europeia, seja “motivo de reflexão para todos os outros povos do Continente, ajudando cada um deles, e a União inteira, a conservar e reanimar o património comum inestimável de valores humanos e cristãos”.
Nesse mesmo dia, falou num risco para “as grandes conquistas da idade moderna, ou seja, o reconhecimento e a garantia da liberdade de consciência, dos direitos humanos, da liberdade da ciência e, consequentemente, de uma sociedade livre”, esperando que a Europa mantenha “a racionalidade e a liberdade abertas ao seu fundamento transcendente, para evitar que tais conquistas se autodestruam, como infelizmente temos de constatar em não poucos casos”.
Já, durante a missa dominical que decorreu no hipódromo de Zagreb, Bento XVI apelou a um combate católico diante da “secularização” da Europa.
“Infelizmente temos de constatar, sobretudo na Europa, o aumento de uma secularização que leva a deixar Deus à margem da vida e a uma crescente desagregação da família”, alertou, na homilia da celebração.








All the contents on this site are copyrighted ©.