Nova York, 06 jun (RV) – Desde a última sexta-feira, estão reunidos, em Nova
York, representantes de mais de 100 governos numa conferência sobre a situação das
crianças que ficaram órfãs devido ao HIV. São cerca de 16 milhões no mundo todo que
perderam seus pais para a doença.
A informação é do Fundo das Nações Unidas
para a Infância, UNICEF, segundo o qual a maior parte dessas crianças vive na África
Subsaariana, mais precisamente 15 dos 16 milhões.
O evento - que é organizado
pelo Unicef e pelo Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Aids, Unaids - conta com doadores,
organizações internacionais e instituições acadêmicas.
Entre as seqüelas que
ficam nessas crianças, estão o trauma pela perda dos pais, as dificuldades econômicas,
a discriminação e exclusão na escola e nos serviços sociais.
Contudo, em meio
a tudo isso, há uma boa notícia. O número de novas infecções pelo vírus caiu em média
25%, entre 2001 e 2009. As informações constam em um relatório lançado também nesta
sexta-feira, pela Unaids, em Genebra e Nova York, para marcar os 30 anos da epidemia.
Para o Órgão da Onu, o acesso ao tratamento vai melhorar em muito a resposta
à Aids na próxima década. De acordo com a Rádio ONU, o chefe do Unaids, Michel Sidibé,
disse que a terapia com antiretrovirais não só aumenta a sobrevivência, mas evita
a transmissão do vírus para mulheres, homens e crianças.
Atualmente, mais de
6 milhões de soropositivos estão recebendo tratamento em países de rendas baixa e
média. Infelizmente, porém, no ano passado, 9 milhões de pacientes que tinham direito
ao coquetel não receberam o medicamento. O primeiro caso de Aids foi notificado
em 5 de junho de 1981. Hoje, 34 milhões de pessoas vivem com o HIV e cerca de 30 milhões
perderam a vida desde o surgimento da doença.
Índia e África do Sul ainda concentram
a maior parte de soropositivos. Há disparidades importantes, porém, a serem observadas:
a África Subsaariana e o sudeste da Ásia registraram quedas acima da média, já América
Latina e Caribe tiveram reduções de menos de 25%. O leste da Europa, o Oriente Médio
e o norte da África registraram aumento dos casos de contaminação.
O relatório
“Estratégia Global do Setor de Saúde sobre HIV/Aids para 2011-2015” deverá conduzir
as ações da OMS e dos países-membros para fortificar os sistemas de saúde e responder
a violações de direitos humanos e desigualdades que impedem o acesso ao tratamento.
(ED)