ANGOLA DETERMINADA NO COMBATE À VIOLÊNCIA CONTRA CRIANÇAS
Luanda, 04 jun (RV) - Celebra-se hoje, sábado, 4 de junho, O Dia Mundial das
Crianças Vítimas de Agressão ou Internacional contra a Agressão Infantil, instituído
pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1982, como data de reflexão e não comemorativa.
A
violência contra a criança é um assunto que desperta interesse de toda a sociedade
e que pretende entender as razões de tal abuso. Até ao século XVIII, a criança era
pouco valorizada e muito desrespeitada, vítimas de abusos sexuais, trabalhos forçados
e submetida a todo tipo de agressão.
Zelar pelas crianças não é uma tarefa
exclusiva dos pais, mas também dos parentes, da comunidade, dos profissionais de saúde,
dos líderes, em geral, dos educadores, dos governantes, enfim, da sociedade como um
todo.
“O quatro de junho não é data para se comemorar. Absolutamente, não.
É um dia, isto sim, para se refletir sobre algo terrível: a violência contra as crianças”
- segundo a ONU.
Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) apontam
que nos países em desenvolvimento mais de 250 milhões de crianças de 5 a 14 anos de
idade trabalham.
A maioria delas (61%) vive na Ásia, um continente de grande
densidade populacional, seguindo-se a África, com 32%. Em termos relativos, a situação
na África é a mais preocupante, pois, em cada cinco crianças, duas trabalham.
Nas
grandes cidades do mundo, muitas crianças são ambulantes, lavadoras e guardadoras
de carros e engraxates. Vivem de gorjetas, sem remuneração ou com, no máximo, um salário
mínimo.
Esta situação as afasta das salas de aulas e também das brincadeiras
e jogos, fundamentais para um desenvolvimento psicológico saudável rumo à vida adulta.
Consequência
da pobreza, uma vez que essas crianças necessitam trabalhar para ajudar no sustento
familiar, o trabalho infantil é proibido em quase todo o mundo e o seu combate é considerado
pela ONU e OIT uma das prioridades.
As crianças exploradas como soldados, mão-de-obra
ou para o tráfico de seres humanos têm sido uma preocupação constante nas intervenções
da Igreja Católica a nível internacional. As autoridades internacionais são desafiadas
a combater esses abusos e criar dispositivos legais que protejam, efetivamente, os
menores.
Em Angola, o Governo continua a solicitar as pessoas a denunciarem
todos os atos de violência contra crianças para que os seus atores sejam severamente
punidos.
Há o compromisso do Chefe do Executivo angolano, José Eduardo dos
Santos, em continuar a trabalhar, com bastante determinação e vontade, para fazer
aquilo que é necessário e importante nas questões relativas à proteção, sobrevivência
e desenvolvimento integral da criança angolana. (ANGOLAPRESS)