Dia Mundial das Comunicações Sociais assinalado pela Igreja Católica no próximo domingo.
Cristãos chamados a dar «testemunho humano e evangélico total» nas redes sociais
(2/6/2011) O presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais defende
que a participação dos cristãos nas redes sociais e na Internet deverá caracterizar-se,
acima de tudo, por um “testemunho humano e evangélico total, profundo e comprometido”. “De
que serviriam as redes sociais, se de facto não proporcionassem uma relação mais profundamente
humana e cristã com as pessoas que nos rodeiam? Diria que é este o desafio” realça
D. Claudio Maria Celli, numa mensagem vídeo dedicada ao 45º Dia Mundial das Comunicações
Sociais, marcado para o próximo domingo. Trata-se de um evento instituído pela
Igreja Católica em pleno Concílio Vaticano II, através do decreto “Inter Mirífica”
de 1963, e que na maioria dos países é celebrado no domingo imediatamente anterior
à solenidade de Pentecostes. O tema deste ano “Verdade, anúncio e autenticidade
de vida na era digital”, escolhido por Bento XVI, segue o mesmo espírito que levou
o antigo Papa Paulo VI a assinalar pela primeira vez esta data no calendário católico,
em 1967. Naquela altura, recorde-se, a Igreja queria “chamar a atenção para o vasto
e complexo fenómeno dos modernos meios de comunicação social, como a imprensa, o cinema,
o rádio e a televisão”, as suas implicações para a “convivência humana” e relevância
para a “difusão da mensagem evangélica”. Hoje, com a proliferação de ferramentas
virtuais como o Twitter ou o Facebook, os fiéis são chamados a assumir “o compromisso"
de serem "testemunhas da verdade do evangelho", uma verdade que "não extrai o seu
valor da popularidade" ou da "quantidade de atenção que lhe é dada” realça Bento XVI,
mas ganha importância enquanto “alimento quotidiano” que leva depois, à “transmissão
direta da fé”, face a face. “Não é um testemunho ideológico, mas um testemunho
de vida, que se encarna no dia a dia, que cria relações humanos, serviços, uma dimensão
de amor para com todos” conclui D. Cláudio Maria Celli