A Europa favoreça a integração dos emigrantes sem esconder as suas raízes cristãs
(2/6/2011) O diálogo e a educação são os instrumentos indispensáveis para promover
a integração dos migrantes na Europa: foi o que afirmou o arcebispo D. Antonio Maria
Vegliò na conferencia sobre o dialogo interreligioso a decorrer em Budapeste, promovido
pela presidência da Hungria do Conselho da União Europeia. O presidente do dicasterio
do Vaticano para os migrantes e itinerantes deteve-se em particular sobre o papel
das religiões na integração dos emigrantes. A diversidade cultural á antes de mais
uma riqueza, sublinhou o arcebispo Vegliò que na sus articulada intervenção em Budapeste
reafirmou o papel positivo das religiões na integração dos migrantes, sobretudo no
continente europeu. Depois de uma análise dedicada ao contexto cultural em que
se coloca o fenómeno da emigração para a Europa, o discurso do prelado centrou-se
no binómio dialogo educação. Estes, são os instrumentos indispensáveis para dar vida
a uma convivência e integração real de pessoas com culturas diferentes. O arcebispo
Antonio Maria Velgiò indicou alguns dos objectivos deste empenho: O acolhimento, a
cooperação, o respeito, contrastar as atitudes de medo ou indiferença em relação á
diversidade. Sublinhou depois que não se deve tender a assimilar os emigrantes ao
ponto de cancelar a historia. Sobretudo, afirmou, deve-se procurar uma integração
autentica, através do conhecimento sereno e sem preconceitos, da cultura dos outros. A
emigração, afirmou ainda o prelado, não deve ser percebida como uma ameaça contra
a identidade social e cultural da nossa sociedade. Por isso, advertiu, serve uma mudança
de mentalidade que deve ser favorecida antes de mais pelas confissões religiosas empenhadas
na formação das consciências. As religiões – disse – devem assumir um papel fundamental,
porque para uma integração real não é suficiente considerar as instancias politicas,
económicas e sociais. Por outro lado D. Vegliò evidenciou que a Europa não pode pensar
de favorecer uma real integração dos migrantes escondendo as suas raízes cristãs,
os valores e os princípios que determinaram o seu nascimento. E reafirmou que a tolerância
não se deve confundir com a aceitação acrítica de todos os estilos de vida. A concluir
assegurou o empenho da Igreja católica ao serviço da construção europeia, promovendo
o dialogo intercultural e colaborando com as outras realidades religiosas e as instituições
civis.