DIA DE JERUSALÉM MARCADO POR CELEBRAÇÕES E PROTESTOS
Jerusalém, 31 maio (RV) – Nesta segunda-feira, mais de dez mil jovens israelenses
- procedentes de diferentes pontos do país - caminharam pelas ruas do centro de Jerusalém
para celebrar o “Dia de Jerusalém”. A data marca o que eles chamam de "reunificação"
da cidade, feita em 1967, quando se deu a ocupação da parte leste da cidade. A
maioria dos participantes eram estudantes, que partiram do centro da cidade que estenderam
centenas de bandeiras de Israel e gritaram frases a favor de Jerusalém como capital
do Estado judeu. Essa idéia que, aliás, é defendida pelo premiê, Benjamin Netanyahu,
e foi ressaltada recentemente em discurso no Congresso dos Estados Unidos.
E,
enquanto os israelenses comemoram a "reunificação" de Jerusalém, com a conquista da
parte leste da cidade na chamada Guerra dos Seis Dias, de 1967, os árabes marcarão
a data com manifestações, agendadas para o próximo domingo. Do ponto de vista árabe,
Israel apropriou-se de Jerusalém leste, que eles exigem como capital para um futuro
Estado palestino.
Os palestinos, no lugar de reunificação, chamam esse Dia
de "catástrofe", o qual foi recordado com manifestações ao longo das fronteiras de
Israel com Síria, Líbano e Faixa de Gaza.
Em Jerusalém, vivem cerca de 450
mil israelenses judeus e 230 mil árabes. A cidade foi declarada por Israel, em 1981,
como sua capital "eterna e indivisível", mas a comunidade internacional nunca reconheceu
essa anexação como válida. (ED)