2011-05-29 12:44:45

"Aonde chega o Evangelho, floresce a vida". Neste domingo ao meio-dia, na Praça de São Pedro, Bento XVI evoca a beleza da vida cristã e sublinha o dever de evangelizar


29/5/2011) A Igreja tem por vocação evangelizar, levar esta boa nova, ajudar as pessoas a descobrir ou redescobrir a beleza e a alegria da fé, a vida plena a que conduz. Foi o que fizeram e fazem tantos santos missionários. Também o beato João Paulo II foi um grande missionário.
Sublinhou-o Bento XVI, neste domingo, ao meio-dia, na costumada alocução da janela dos seus aposentos sobre a Praça de São Pedro, comentando a primeira leitura da Missa, do Livro dos Atos dos Apóstolos, que refere a pregação do diácono Filipe, numa cidade da Samaria. O texto refere que o anúncio de Cristo ressuscitado era acompanhado de numerosas curas. Este episódio conclui de modo significativo: “E houve grande alegria naquela cidade”:

“Impressiona-me sempre muito esta expressão, que, na sua essencialidade, nos transmite um sentido de esperança; como se dissesse: é possível! É possível que a humanidade conheça a verdadeira alegria, porque onde chega o Evangelho, floresce a vida; como um terreno árido que, irrigado pela chuva, logo reverdece”.

“Lendo esta passagem, é-se espontaneamente levado a pensar na força restauradora do Evangelho, que no decurso dos séculos “irrigou” como rio benéfico, tantas populações”.

O Papa recordou que por vezes “grandes santos e santas levaram esperança e paz a cidades inteiras”. O caso, por exemplo, do bispo Carlos Borromeu, em Milão, ou Madre Teresa, em Calcutá. Assim como “tantos missionários, cujo nome só Deus conhece, que deram a vida para levar o anúncio de Cristo e fazer florescer entre os homens a alegria profunda”. “Enquanto que os potentes deste mundo procuravam conquistar novos territórios por interesses políticos e económicos, os mensageiros do Evangelho iam por toda a parte para levar Cristo aos homens e os homens a Cristo”.

“Também hoje a vocação da Igreja é a evangelização. Tanto em relação às populações que ainda não foram irrigadas pela água viva do Evangelho; como também em relação àqueles que, embora tendo antigas raízes cristãs, têm necessidade de nova linfa para levar novos frutos e redescobrir a beleza e a alegria da fé”.

A concluir, Bento XVI fez ainda uma alusão ao seu predecessor, o beato João Paulo II, recordando-o como “um grande missionário”:
“Ele relançou a missão ad gentes, promovendo ao mesmo tempo a nova evangelização. Confiemos uma e outra à intercessão de Maria Santíssima.
Que a Mãe de Cristo acompanhe sempre e por toda a parte o anúncio do Evangelho, para que se multipliquem e alarguem no mundo os espaços em que os homens reencontram a alegria de viver como filhos de Deus”.

Após o Regina Coeli, Bento XVI referiu-se à beatificação, ontem, em Itália de uma religiosa, Irmã Maria Serafina do Sagrado Coração de Jesus. “Originário da zona de Trento, fundou na província de Nápoles o Instituto das Irmãs da Caridade dos Anjos. “Recordando o centenário do seu nascimento para o céu, congratulamo-nos com as suas filhas espirituais e com todos os seus devotos”.

Uma outra saudação em italiano reservou-a o Papa ao Instituto de Música Sacra, criado há 100 anos…

“Tenho a alegria de saudar os docentes e estudantes do Pontifício Instituto de Música Sacra, de que se está a celebrar o centenário de fundação. Caros amigos, uma vez mais vos asseguro da minha recordação na oração”.








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