2011-05-25 20:31:38

JOÃO PAULO II: APRESENTADO LIVRO "EM VIAGEM COM UM SANTO"


Cidade do Vaticano, 25 mai (RV) - A viagem apostólica a Sarajevo – Bósnia-Herzegóvina – em abril de 1997, foi querida por João Paulo II a todo custo, apesar das precárias condições de segurança. Assim se expressou Filippo Anastasi, autor do livro "Em viagem com um santo", durante a apresentação da obra, na tarde desta terça-feira, na Sala Marconi da Rádio Vaticano.

Naquela ocasião o Papa Wojtyla celebrou a missa no estádio municipal de Sarajevo, até pouco tempo antes vala comum para os 20 mil corpos ali sepultados, "depois transferidos para as colinas circunstantes, desoladas e marcadas por cruzes cristãs e cepos islâmicos" – recordou Anastasi.

"A um certo ponto da celebração chorou", e depois gritou: "Nunca mais a guerra! Que Sarajevo, cidade da morte, se torne cidade da vida!" – prosseguiu Anastasi.

O autor do livro recordou também o que chamou de "viagens da solidão": à Índia, Cazaquistão e Tunísia. "Em todas as partes do mundo quando se encontrava com as multidões, dedicava-se totalmente às pessoas, mas quando entrava no carro, no helicóptero ou avião – ressaltou, por sua vez, o Cardeal Salvatore De Giorgi –, se isolava de tudo para concentrar-se na oração".

Por outro lado, o Diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé e Diretor Geral da Rádio Vaticano, Pe. Federico Lombardi, ressaltou que João Paulo II "tornou os jornalistas – envolvidos na grande aventura de suas viagens – testemunhas de eventos que marcaram a história". Tratou-os "sem desconfiança ou medo", mas "com familiaridade e simpatia" considerando-os "potenciais aliados na difusão de sua mensagem".

João Paulo II foi "um grande missionário porque compreendeu a importância da dimensão do ir, que é a "lei" da fé cristã", disse o Diretor de "Povos e Missão", Pe. Giulio Albanese, detendo-se, em seguida, sobre a importância e a grande necessidade no mundo do jornalismo de que "homens e mulheres aprendam do ensinamento de João Paulo II sobre a informação".

Karol Wojtyla compreendera que "a informação é a primeira forma de solidariedade: dar voz a quem não tem foi o que fez em todo momento de seu Pontificado. Foi graças a ele, "a suas viagens, e à relação privilegiada com os jornalistas que o acompanhavam, que se começou a falar sobre as guerras esquecidas" – frisou o missionário comboniano, Pe. Albanese. (RL)







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