EMBAIXADA POLONESA PROMOVE ENCONTRO SOBRE CRACÓVIA E PAPA WOJTYLA
Roma, 25 mai (RV) - A cidade de Cracóvia e a relação com o Beato João Paulo
II estiveram no centro do encontro "A minha Cracóvia, cidade da minha vida", realizada
nesta terça-feira na Embaixada da Polônia na Itália. Foi uma ocasião para repercorrer
os lugares em que Karol Wojtyla iniciou o caminho rumo à Cátedra de Pedro.
João
Paulo II pertencia ao mundo e o laço criado com os lugares que visitou durante as
suas viagens sempre foi intenso e profundo. A relação com a "sua" Polônia permanece,
porém, única, e especial com a cidade de Cracóvia. Wojtyla nasceu na região de Cracóvia
e nesta cidade estudou e foi ordenado sacerdote, chegando a tornar-se Arcebispo dela
em 1963, amadurecendo uma bagagem de experiências humanas e espirituais decisivas
para os anos que se seguiram.
A esse propósito, eis o que disse o jornalista
e vaticanista Gian Franco Svidercoschi, um dos convidados do referido encontro:
Gian
Franco Svidercoschi:- "Creio que Cracóvia é importante porque nela podem ser encontradas
as origens de alguns dos maiores eventos que depois caracterizaram o Pontificado de
João Paulo II: por exemplo, a sua relação com os judeus e a sua relação com os jovens
– de certo modo, as jornadas mundiais da juventude nasceram daquilo que Wojtyla chamava
de o trabalho pioneiro com os universitários de Cracóvia. Ainda, a sua defesa da pessoa
humana, sobretudo na defesa de todos os dissidentes – judeus, intelectuais, estudantes
– no contraste com o regime pela construção de novas igrejas, em particular, a de
Nowa Huta."
Nas colinas de Lagiewniki, ao sul de Cracóvia, nasceu também a
devoção de Wojtyla por Maria e pelo culto à Divina Misericórdia, que está ligado à
Irmã Faustina Kowalska, canonizada por João Paulo II no ano 2000, como ressaltou Pe.
Pawel Ptasznik, da seção polonesa da Secretaria de Estado:
Pe. Pawel Ptasznik:-
"Karol Wojtyla era muito ligado ao culto da Divina Misericórdia, que teve início o
seu início a Lagiewniki. As revelações recebidas por Irmã Faustina repercutiram imediatamente
em toda a Polônia e quando o jovem Wojtyla chegou a Cracóvia, em 1938, antes da morte
de Irmã Faustina, logo conheceu a sua mensagem. Ele mesmo, consagrando o Santuário,
recordou que quando jovem, durante a guerra, ia com tamancos de madeira àquele lugar,
e se perguntou quem poderia pensar, então, que aquele jovem voltaria ali como Papa
para consagrar o Santuário da Divina Misericórdia." (RL)