2011-05-19 13:04:31

"Teresianum", Faculdade de Teologia dos Carmelitas Descalços, em Roma, celebra 75 anos. Audiência do Papa


(19/5/2011) A 16 de Julho de 1935, memória litúrgica de Nossa Senhora do Carmo, o então Colégio Internacional de Roma dos Carmelitas Descalços era reconhecido como Faculdade Teológica. A 75 anos de distância, Bento XVI recebeu nesta quinta-feira, no Vaticano, a Comunidade desta Faculdade conhecida como “Teresianum”, que desde o início se orientou para o aprofundamento da teologia espiritual no âmbito da questão antropológica.

O Papa evocou a “peculiar experiência eclesial” que esta comunidade académica constitui, com toda a riqueza da grande família espiritual que são os Carmelitas Descalços, surgidos do “vasto movimento de renovação originado na Igreja pelo testemunho de Santa Teresa de Ávila e de São João da Cruz. Um movimento que (observou Bento XVI) “suscitou aquele reacender-se de ideais e de fervores de vida contemplativa que no século XVI inflamou, digamos assim, a Europa e o mundo inteiro”.

“Caros estudantes, na esteira deste carisma, se coloca também o vosso trabalho de aprofundamento antropológico e teológico, a tarefa de penetrar o mistério de Cristo, com aquela inteligência do coração que é ao mesmo tempo um conhecer e um amar. O que exige que Jesus seja colocado no centro de tudo, dos vossos afetos e pensamentos, do vosso tempo de oração, de estudo e de ação, de todo o vosso viver”.

Bento XVI exortou ainda os estudantes do “Teresianum” de Roma a aproveitarem intensamente este precioso tempo de estudo:

“Tende consciência de que estes anos de estudo são um precioso dom da Providência divina, dom que há que acolher com fé e viver diligentemente, como uma oportunidade irrepetível para crescer no conhecimento do mistério de Cristo”.

Sublinhando a importância que assume, hoje em dia, o estudo da espiritualidade cristã a partir dos seus pressupostos antropológicos, o Papa fez notar a “bagagem sapiencial” que daí advém para quem tem “a delicada tarefa da direção espiritual”, prática que nada perdeu da sua atualidade:

“Como nunca deixou de fazer, a Igreja continua ainda hoje a recomendar a prática da direção espiritual, não só aos que desejam seguir de perto o Senhor, mas a todos os cristãos que queiram viver com responsabilidade o próprio Batismo, isto é, a vida nova em Cristo”.

Trata-se – recordou oPapa – de “ser pessoalmente acompanhado por um guia seguro na doutrina e perito nas coisas de Deus”. Uma ajuda que permitirá “evitar fáceis subjetivismos, pondo à disposição a própria bagagem de conhecimentos e experiências vividas no seguimento de Jesus”.







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