Mogadíscio, 17 mai (RV) - O Serviço de Informação Católica para a África denuncia
a grave situação de crise alimentar na Somália.
A recente seca dizimou a maioria
do gado e causou um aumento nos preços de grãos em todo o país. As chuvas esperadas
este ano chegaram atrasadas e foram insuficientes para a retomada das comunidades.
Embora a África Oriental esteja sujeita a secas periódicas, este ano a situação foi
particularmente grave.
Segundo um relatório do organismo de Segurança Alimentar
e Unidade de Análise Nutricional (FSNAU) do Fundo das Nações para Agricultura e Alimentação
(FAO), dois milhões e quatrocentos mil somalis vivem atualmente uma grave crise alimentar
devido a uma das piores secas da história recente do país e ao conflito em andamento.
A maioria das famílias pobres depende da produção local de grãos e a escassa
colheita poderá aumentar os preços, tornando a compra de alimentos extremamente difícil
para muitos somalis que vivem com menos de um dólar por dia.
Em algumas regiões
da Somália, em particular no sul, a desnutrição afeta 30% da população e mais de 55
mil pessoas ficaram deslocadas por causa da recente seca e outras estão migrando para
áreas urbanas em busca de alimento e água. Para agricultores e vaqueiros serão necessárias
várias temporadas a fim de que possam recuperar seus meios de subsistência.
Por
causa da queda de financiamentos, as agências humanitárias não possuem recursos suficientes
capazes de responder às necessidades de todos aqueles que precisam de ajuda. (MJ)