2011-05-12 12:32:53

BENTO XVI: CATÓLICOS E JUDEUS TESTEMUNHEM JUNTOS DIGNIDADE INVIOLÁVEL DO SER HUMANO


Cidade do Vaticano, 12 mai (RV) - Bento XVI recebeu esta manhã uma delegação da “B'nai B'rith International”, associação que se define “a voz da comunidade judaica no mundo”.

A organização é engajada no diálogo católico-judaico e participou da reunião do Comitê Internacional organizado conjuntamente pela Comissão da Santa Sé para as Relações Religiosas com os Judeus e o Comitê Judaico Internacional para as Consultas Inter-religiosas.

Bento XVI disse à delegação que os últimos quarenta anos de diálogo devem ser vistos como um grande dom do Senhor e um motivo de gratidão para com Aquele que guia os nossos passos com sua infinita e eterna sabedoria.

“A reunião de Paris confirmou o desejo de católicos e judeus de se unirem no cumprimento dos imensos desafios do mundo e no dever religioso de combater a pobreza, a injustiça, a discriminação e a negação dos direitos humanos universais” – lembrou o papa.

Dentre as várias maneiras em que os judeus e os cristãos podem cooperar para melhorar o mundo, Bento XVI afirmou que o primeiro a vir a nossas mentes seria a ação de caridade e de serviço aos pobres e aos necessitados. Em seguida, ressalvou que “uma das coisas mais importantes que podemos fazer juntos é o testemunho comum da nossa profunda convicção de que cada homem e mulher é criado à imagem divina e dotado de dignidade inviolável. Esta convicção continua a ser a base mais segura para todos os esforços em defender e promover os direitos inalienáveis de cada ser humano”.

Bento XVI recordou que já em um encontro em Jerusalém, no final de março passado, as delegações concordaram em promover uma sólida compreensão do papel da religião nas sociedades de hoje como um corretivo da visão puramente horizontal e, consequentemente, truncada, da pessoa humana e da convivência social.

A vida e a obra de todos nós deveriam ser testemunhos constantes do transcendente; almejar as realidades invisíveis que estão além de nós e assimilar a convicção de que a amorosa Providência conduzirá ao resultado final da história, não importa quão difícil e ameaçadora esta jornada possa parecer, ao longo do caminho.

O pontífice concluiu seu discurso à delegação judaica reiterando a certeza que nos foi dada pelo profeta: “Porque eu bem sei os pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais” (Jeremias 29:11).
(CM)








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