IGREJA NO BRASIL SE PREPARA PARA CINQUENTENTÁRIO DO CONCÍLIO
Aparecida, 10 mai (RV) - A Igreja no Brasil já começa a se articular para as
comemorações dos 50 anos do Concílio Vaticano II, que terão seu ponto alto em 2012.
“O Concílio Vaticano II é o acontecimento mais importante da Igreja no Século XX”
- afirmou ontem o arcebispo de Olinda e Recife (PE), Dm Antônio Fernando Saburido,
ao abordar sobre os 50 anos do Concílio Vaticano II na coletiva de imprensa no contexto
da Assembleia Geral da CNBB. “Vamos ter a oportunidade de rever os documentos conciliares
que marcaram profundamente a vida da Igreja” - disse dom Fernando sobre as comemorações.
Já
foi constituída uma Comissão, encabeçada pelo cardeal arcebispo emérito de Belo Horizonte,
Dom Serafim Fernandes de Araújo e coordenada pelo arcebispo de Juiz de Fora (MG),
Dom Gil Antônio Moreira, para estar à frente das iniciativas e propostas para o evento.
Dom
Fernando antecipou algumas propostas que já começaram a ser pensadas para comemorar
no Brasil a data histórica para a Igreja no mundo. “Nós teremos a celebração de abertura
exatamente no dia que o Concílio Vaticano II faz 50 anos: 11 de outubro de 2012 e
já temos várias propostas. A primeira deverá acontecer em 2013 quando nós poderemos
ter como tema central da 51ª Assembleia Geral da CNBB o Concílio Vaticano II” - disse
o arcebispo. Outra proposta, segundo ele, é “uma Campanha da Fraternidade com um tema
que aborde o Concílio” ou uma Campanha para a Evangelização.
Para o bispo
de Jales e presidente da Cáritas Brasileira, Dom Demétrio Valentini, o Vaticano II
“foi uma grande conquista de partilha, de escuta a todos, de diálogo. Aí existe uma
prática que pode avançar muito”.
Já o arcebispo emérito de São Paulo, Cardeal
Cláudio Hummes, abordou o tema da nova evangelização, que consiste em lançar sobre
Igreja “um novo ardor missionário, novas expressões, novos métodos”.
Dom Cláudio
disse também que a instituição do dicastério para a Nova Evangelização, pelo papa
Bento XVI, mostra a grande preocupação da Igreja com a grande evasão de católicos
e com a descristianização de modo geral.
O cardeal comentou o processo por
que passa a CNBB com suas novas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja
no Brasil (DGAE), tema principal da Assembleia deste ano:
“Não queremos ir
ao encontro do povo como uma forma de luta nem de conflito, respeitamos a crença de
cada religião, mas nós temos o dever de chegar até o povo, nos aproximar das pessoas
o máximo possível. Não apenas esperar que elas venham até nós, mas temos que ir até
o povo e levar a pessoa de Jesus Cristo como uma boa notícia para os jovens, as famílias,
a sociedade hoje” -disse.