2011-05-06 11:23:24

CARDEAL BERTONE: CRISTIANISMO NÃO É RELIGIÃO DE RECORDAÇÕES, MAS BUSCA DO SENHOR NO PRESENTE


Cidade do Vaticano, 06 mai (RV) - A Guarda Suíça Pontifícia recorda o sacrifício de 147 soldados do Corpo mortos em 6 de maio de 1527 em defesa do Papa Clemente VII, no assalto que passou à história como "Saque de Roma". Além de celebrar a heróica morte dos soldados, a data é também ocasião para o juramento de novos recrutas.

-As celebrações foram abertas com a liturgia das Vésperas, no final da tarde desta quinta-feira, às 17h30 locais, na Igreja de Santa Maria no Campo Santo – no Cemitério Teutônico, no Vaticano – com a presença do Comandante da Guarda, Cel. Daniel Anrig, dos novos recrutas e familiares.

-As celebrações desta sexta-feira tiveram início com a santa missa que o Secretário de Estado, Cardeal Tarcisio Bertone, celebrou às 7h30 locais, no Altar da Cátedra da Basílica Vaticana, para a Guarda Suíça, seus familiares e amigos.

-"Estamos reunidos em torno do Altar do Senhor, para viver juntos esta primeira parte da manhã num clima de oração, de escuta da Palavra de Deus e de participação da Mesa Eucarística", afirmou o pupurado após evocar a moldura história na qual se insere a celebração desta data, qual seja – como dissemos – o heróico sacrifício dos 147 alabardeiros que em 1527 não hesitaram dar a própria vida em defesa do Papa Clemente VII.

-"Ao unir-nos ao seu redor, caros Guardas, queremos manifestar-lhes afeto e com vocês agradecer à Providência divina que os chamou a pertencerem a esse histórico Corpo e a darem continuidade à sua obra" – enfatizou o Cardeal Bertone.

-Ao situar a liturgia do dia no âmbito do Tempo pascal, período em que o nosso coração é convidado a alegrar-se pela Ressurreição de Jesus, o Cardeal Secretário de Estado recordou que "o Cristianismo não é uma religião de recordações, é a busca do Senhor no presente". Na vida da Igreja, "tudo tem o traço da presença viva do Senhor Ressuscitado" – acrescentou.

-"Quem faz a vontade de Deus jamais erra, embora por vezes sofra oposições e incompreensões", disse o Cardeal Bertone atendo-se à mensagem da liturgia desta quinta-feira, acrescentando que "o bem vence sempre, mas muitas vezes nos pede que saibamos renunciar as vitórias efêmeras deste mundo, para vencer o bom combate da fé".

-Concluindo, o purpurado ressaltou que "ser Guardas Suíços significa aderir sem reservas a Cristo e à Igreja, com a disponibilidade a todos os dias dedicar a vida a isso".

-Que os acompanhe e os assista "a intercessão de seus santos Padroeiros São Martinho, São Sebastião e São Nicolau de Flüe. Maria Santíssima, Mãe de Cristo e Mãe da Igreja, os proteja sempre no serviço diário ao Sucessor do Apóstolo Pedro" – finalizou.

-Após a santa missa teve lugar, no Pátio de Honra do Quartel Suíço, no Vaticano, uma breve celebração dividida em dois momentos: a deposição de uma coroa diante do monumento dos guardas mortos; e a entrega de condecorações e honorificências a alguns membros do Corpo, por parte do Substituto da Secretaria de Estado, Arcebispo Fernando Filoni.

-Na parte da tarde, às 17h locais, tem lugar a cerimônia de juramento, no Pátio de São Damaso da residência apostólica. Os 34 novos recrutas prestarão solene juramento diante da bandeira do Corpo e de Dom Filoni, representante da Secretaria de Estado.

-As celebrações se concluirão com um concerto, que terá lugar no Pátio de Honra do Quartel da Guarda Suíça, neste sábado, dia 7, ao meio-dia e meia. (RL)







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