Roma, 05 maio (RV) - Mais de 23 mil crianças e adolescentes italianos vivem
sem pais ou parentes. Destes, 15 mil são institucionalizados, vivendo em estruturas
do governo, e somente 7 mil recebidos em adoção. Essa problemática estará no centro
das discussões da “Semana do Direito à Família”, que se realizará de 9 a 15 de maio,
em diversas cidades italianas.
Trata-se de uma semana dedicada à sensibilização,
feita por convênios e iniciativas em várias partes da Itália. A organização dessa
Semana é da Organização Projeto Família. Para o seu diretor, Marco Giordano, o trabalho
para encontrar um lar para essas crianças é gradual e requer tempo. Primeiro encontra-se
as chamadas “famílias solidárias”, que contribuem sem adotar, e depois muitas delas
adotam. “É um trabalho de alfabetização da sociedade à solidariedade e ao acolhimento”,
diz ele.
As instituições a nível nacional têm um papel de coordenação, já
que os serviços para esses menores são administrados pelos Estados. O diretor do Departamento
para a Família da Presidência do Conselho de Ministros, Roberto Marino, ressalta a
importância da família. Com esse evento, “afirma-se um papel social, político, público
da família, que vai em contra-tendência”, diz ele, que confronta a tendência de se
considerar privadas as escolhas familiares. (ED)