2011-05-04 19:51:50

MORTALIDADE MATERNA EM CRESCIMENTO NA ÁFRICA SUBSAARIANA


Roma, 04 maio (RV) – Amanhã, cinco de maio, é o Dia Internacional da Obstetra e, por isso, a “International Confederation of Midwives”, que promove essa data, chama a atenção para as condições precárias das mulheres da África Subsaariana. Na região, a mortalidade materna está aumentando por falta de obstetras que possam dar assistência durante o período da gravidez e auxiliar no planejamento familiar.

A cada dia no mundo, mil mulheres morrem por doenças que poderiam ser facilmente prevenidas ligadas à gravidez e ao parto. 99% dessas mortes se concentram nos países mais pobres, sendo que mais da metade na África Subsaariana, onde uma a cada 31 mães correm risco de morte. O contraste é grande com os índices dos países desenvolvidos, onde uma mulher a cada 4.300 morre por causas relacionadas ao parto e à gravidez.

As mais afetadas são as mais jovens, e doenças como AIDS e malária continuam a ser uma ameaça para as mães de todas as idades e também para os seus filhos em todo o Continente Africano.

O Quinto Objetivo do Milênio, estabelecido pelas Nações Unidas, prevê a redução da mortalidade materna em 75% até o ano de 2015. Apesar de alguns progressos terem sido feitos nesse sentido em alguns países, a falta de agentes de saúde continua a ser um dos maiores obstáculos. Mulheres e recém-nascidos de nações pobres são mais vulneráveis, pois não podem contar com o sistema de saúde público.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, estimou que serão necessárias 334 mil obstetras para assegurar o acesso universal ao serviço profissional qualificado até 2015, e calcula-se que, pelo menos, o dobro desse número seja necessário para assegurar o acesso a um serviço completo de saúde sexual e reprodutiva.

Além de causar mortalidade materna, o parto não assistido e a falta de medicamentos e de estruturas trazem outras conseqüências graves para a vida das mulheres. A fístula vaginal, por exemplo, causa nas mulheres incontinência urinária constante e um sofrimento social cruel, pois há um enorme preconceito para com as suas portadoras nos países africanos. (ED)







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