2011-05-03 18:19:16

DOM VEGLIÒ: TODO HOMEM TEM DIREITO A PERMANECER EM SEU PAÍS, MAS TAMBÉM A EMIGRAR


Cidade do Vaticano, 03 mai (RV) - Toda forma de migração comporta, inevitavelmente, algum tipo de sofrimento. É o que ressalta o Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes, Dom Antonio Maria Vegliò, no discurso que pronunciará durante os encontros com os Capelães dos migrantes e as comunidades imigradas, por ocasião de sua visita à Austrália, que se estenderá até dia 14 do corrente.

O Arcebispo recorda que em 1963, na encíclica Pacem in Terris, o Papa João XXIII reconhecera o direito de todo indivíduo a permanecer em seu país. Em 2004, na Mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, também João Paulo II ressaltara que toda pessoa tem "o direito a viver em paz e com dignidade em seu país".

Mas existem momentos e situações – ressaltou Dom Vegliò – em que é necessário deixar a própria pátria. Também hoje muitas pessoas abandonam suas casas por causa de guerras e violências.

A Igreja – acrescenta o prelado recordando as palavras de Bento XVI na Mensagem para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado, deste ano – reconhece a todo homem também o direito a emigrar, "no dúplice aspecto da possibilidade de sair de seu país e possibilidade de entrar em outro, em busca de melhores condições de vida".

Ao mesmo tempo – lê-se, ainda, na mensagem – os Estados têm o direito de regulamentar os fluxos migratórios e de "defender as suas fronteiras, sempre assegurando o imperioso respeito à dignidade de toda pessoa humana".

"Além disso, os imigrados têm o dever de integrar-se no país que os acolhe, respeitando as suas leis e a identidade nacional." Ademais, no setor de informações, é importante oferecer aos potenciais migrantes informações corretas sobre a situação de seus países de destinação, sobre as oportunidades e perigos que podem encontrar.

As migrações são também uma oportunidade – conclui o Presidente do Pontifício Conselho da Pastoral para os Migrantes e os Itinerantes. A mistura de culturas e religiões pode ser um enriquecimento, embora em alguns casos possa alimentar tensões persistentes. "O diálogo que leva ao reconhecimento de valores comuns" constitui antídoto para essa tensão – indica o Arcebispo Vegliò. (RL)







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