MISSA DE AÇÃO DE GRAÇAS REÚNE MILHARES NA PRAÇA SÃO PEDRO
Cidade do Vaticano, 02 mai (RV) - A Praça São Pedro encheu-se novamente esta
manhã com 150 mil fiéis para a missa de agradecimento pela beatificação de João Paulo
II, presidida pelo Cardeal-secretário de Estado, Tarcisio Bertone.
Na procissão
de entrada, foi levada a ampola com o sangue do Beato João Paulo II, no mesmo relicário
utilizado ontem por ocasião da beatificação.
Na homilia, o cardeal lembrou
o dia dos funerais e de modo especial, o momento em que o vento fechou docemente as
páginas do Evangelho colocado sobre o caixão. Para ele, aquela sugestiva imagem recorda
que o diálogo entre Cristo e o homem marcou toda a vida de Karol Wojtyła, conduzindo-o
ao serviço total à Igreja e à sua entrega pessoal a Deus e aos homens.
“João
Paulo II era um autêntico defensor da dignidade de todo ser humano e não um simples
combatente por ideologias político-sociais. Para ele, cada homem e cada mulher era
um filho e uma filha de Deus, independentemente da raça, da cor da pele, da origem
geográfica e cultural e da fé religiosa”.
O Cardeal Bertone pediu que agradeçamos
ao Senhor por nos ter dado um Pastor como ele, que sabia ler os sinais da presença
de Deus na história e que os anunciava em todo o mundo, em todas as línguas.
Devemos
agradecer seu testemunho crível, transparente, que soube nos ensinar a viver a fé
e defender os valores cristãos, começando pela vida, sem complexos e sem temores.
Damos graças a Deus por ter nos dado um papa que propiciou à Igreja católica
não apenas projeção universal e autoridade moral jamais vistas antes, mas especialmente,
depois da celebração do Grande Jubileu do Ano 2000, uma visão mais espiritual, mais
bíblica, mas centrada na Palavra de Deus. Ele nos deixou uma Igreja renovada, pronta
para a ‘nova evangelização’, uma Igreja que intensificou as relações ecumênicas e
inter-religiosas e que encontrou um frutífero diálogo com os jovens.
Enfim,
temos que agradecer ao Senhor porque nos deu um Santo como Ele: “Era um homem verdadeiro,
ligado inseparavelmente a Aquele que é a Verdade. A sua santidade foi vivida, especialmente
nos últimos meses, nas últimas semanas, em total fidelidade à missão que lhe foi atribuída,
até a morte”.
Concluindo, o Cardeal Bertone disse que João Paulo II foi um
homem de fé e de oração, e que isso deve iluminar nossas vidas a fim de que sigamos
seu exemplo e ensinamentos.
“Voltam à nossa memória suas incessantes exortações
a cooperarmos generosamente na realização de uma humanidade mais justa e solidária,
a sermos agentes de paz e construtores de esperança”. (CM)