Cidade
do Vaticano, 1º mai (RV) - A primeira leitura deste domingo nos relata a vida
dos primeiros cristãos. Ela está estruturada sobre quatro colunas: o ensinamento dos
apóstolos, a partilha dos bens, a partilha do pão ou Eucaristia e as orações em comum.
O
ensinamento dos apóstolos ou catequese provocava nos discípulos uma mudança de vida.
A fé na palavra de Deus, revelada por e em Jesus Cristo, agora era explicada pelos
apóstolos, e os cristãos deixavam de ser simples cidadãos, para com suas vidas, testemunharem
Jesus Cristo. Esse testemunho veremos concretamente nas outras três colunas.
Se
acreditavam em Jesus Cristo, elas criam que Deus era Pai de todos e isso os levava
a um sentimento de radical fraternidade, daí a partilha de bens, a renúncia à propriedade
particular, onde tudo é, livremente, colocado em comum e distribuído de acordo com
as necessidades pessoais. Com isso não existe mais pobres.
A partilha do pão
celebrava a memória de Jesus que partilhou sua vida. Assim, se reuniram para realizar
o gesto e o mandamento de Jesus: “Fazei isso em minha memória de mim”. O Senhor
estava presente no meio deles de modo eucarístico e era partilhado como alimento,
como sustento para o dia a dia.
Finalmente a Comunidade também se reunia para
louvar o Senhor e, certamente, rezar o Pai-Nosso.
O autor dos Atos nos fala
ainda que esse estilo de vida simples, fraterno e temente a Deus, suscitava a adesão
de outras pessoas a fazerem parte do grupo dos amigos de Jesus.
Peçamos ao
Senhor que nossa vida de batizados, de homens e mulheres que crêem em Jesus, seja
fiel à nossa profissão de fé.
Para isso vale que cada noite nossa consciência
diante do Senhor nos diga até onde vivemos nossa fé, se fomos capazes de partilhar
nossos bens, nosso tempo, nossa atenção, nossa capacidade de ajudar o outro.
A
partilha do pão eucarístico da vida que é Jesus deverá refletir o meu dia, meu ato
de partilhar os bens que geram vida, com aquele irmão ou irmã, aquele próximo que
é carente deles. Feliz Páscoa! (CAS)