Um grande futuro para as rádios da Europa chamadas a promover o diálogo, e o sentido
de comunidade
(28/4/2011) Aderindo ao convite da Rádio Vaticano que este ano festeja os seus 80
anos de fundação, a União Europeia de Rádio-Televisão- associação que reúne as emissoras
de rádio e televisão do serviço publico que operam na Europa e na bacia do Mediterrâneo
realiza no Vaticano a sua 17 assembleia.. Os trabalhos foram inaugurados nesta quinta
feira pelo Presidente do Conselho Pontifício para as comunicações sociais o arcebispo
D. Cláudio Maria Celli que salientou o facto de a Rádio ter representado sempre um
meio de comunicação chave na vida da Igreja. E não há duvida que hoje tem diante de
si um futuro entusiasmante no contexto dos desenvolvimentos extraordinários que estão
a emergir nos chamados new media. No centro da reflexão desta assembleia as
tecnologias digitais emergentes. É claro – sublinhou o arcebispo D. Cláudio Celli
que o contributo potencial da Rádio é de ser reforçada por estas tecnologias que
permitem ao conteúdo áudio de chegar a um publico cada vez mais vasto, numa gama de
formatos cada vez mais variegada e sem os limites tradicionais do tempo e do espaço.
A rádio pode portanto servir-se de computadores, leitores mp3, telemóveis e social
media network que permitem um acesso universal. Outra característica da rádio é aquele
de acompanhar o ouvinte nas suas ocupações diárias e sobretudo no automóvel. Para
o arcebispo D. Cláudio Celli é tarefa da Rádio criar um sentido de comunidade entre
os vários utentes e a atmosfera necessária para encorajar a reflexão pessoal. A rádio
– explicou – tem a capacidade de estimular o pensamento e a reflexão, convidar ao
debate, informar, educar. E salientou a este propósito que estas características
da rádio se inserem hoje num contexto particular de relativismo que se tornou prevalecente
na cultura ocidental e que se manifesta na recusa daquilo que representam os elementos
chave do ensinamento de Bento XVI. Se não existem elementos de verdade, de justo e
errado, então o diálogo torna-se insignificante. Daqui o convite: as emissoras publicas
devem procurar dar expressão a todas as vozes e opiniões, mas deveriam procurar também
favorecer o diálogo no qual pessoas de diferentes convicções trabalham juntas para
formar um consenso sobre estes valores e atitudes que promovem melhor o bem estar
humano e da sociedade. A Igreja deseja estar presente neste diálogo