Cidade do Vaticano, 27 abr (RV) - Centenas de milhares de peregrinos de fora
da Itália estão sendo esperados para os três dias de cerimônias da beatificação de
João Paulo II. Em meio aos 50.000 poloneses já confirmados, estará um consistente
grupo de sindicalistas que chegarão ao Vaticano com diferentes meios de transporte,
como um trem especial que levará 800 militantes das regiões de Varsóvia e de Katowice
(sul).
O parlamento polonês alugou um avião especial para transportar deputados
de diferentes formações políticas, desejosos de participar das cerimônias.
De
avião, trem, carro e ônibus, esta pequena multidão está se preparando para assistir,
domingo, à cerimônia de beatificação do “seu” Papa João Paulo II.
Os funerais
de Karol Wojtyla, em abril de 2005, atraíram a Roma meio milhão de poloneses, e sua
beatificação, num tempo recorde de seis anos e um mês, desperta grande alegria na
Polônia.
Segundo informou à AFP Marcin Szklarski, presidente da companhia Orlando,
especialista em peregrinações, muitos se desanimaram com a perspectiva de preços altos
e grandes multidões, mas deverá haver entre 50.000 e 60.000 poloneses em Roma nestes
dias.
O presidente Bronislaw Komorowski trará em seu avião seus dois predecessores:
Aleksander Kwasniewski, um ex-comunista, e Lech Walesa, líder histórico do sindicato
Solidariedade. Ewa Zydorek, membro da direção do sindicato, declarou à AFP que
“o Solidariedade deve em grande parte sua existência à coragem recebida do pontificado
de João Paulo II. Difícil imaginar que não estejamos lá, durante a beatificação”.
Já os eleitos do partido conservador Direito e Justiça (PiS), de Jaroslaw
Kaczynski, que boicota as instituições do país, vão se manifestar à parte: eles alugaram
um trem especial que transportará a Roma 250 membros e simpatizantes deste partido
de oposição.
“Mas na Praça São Pedro estaremos todos juntos no mesmo setor”
- assegurou o porta-voz do PiS, Adam Hofman. (CM)