Jerusalém, 26 abr (RV) - Ser “novas testemunhas da Ressurreição diante do túmulo
vazio de Jesus, como foram as mulheres e depois os discípulos”: Esta a exortação do
Patriarca latino de Jerusalém, Dom Fouad Twal, na homilia da missa do domingo de Páscoa
celebrada na Basílica do Santo Sepulcro em Jerusalém. Na Igreja da Ressurreição, como
a chamam os árabes cristãos, lotada de fiéis locais e peregrinos ecoaram cantos de
alegria.
O ponto alto da celebração, o anúncio do Evangelho: neste momento
explodiu a alegria, ao redor do túmulo vazio e do altar, colocado diante dele e no
qual - um pouco depois - foi celebrado o Sacrifício Eucarístico. E diante do túmulo
vazio, o Patriarca Twal, na sua homilia pediu que todos sejam novas testemunhas da
Ressurreição, assim como as mulheres naquele dia, e depois os discípulos.
“Mas,
hoje como então - disse o Patriarca latino - não é suficiente anunciar Cristo e a
sua Ressurreição só com palavras. Devemos, ao invés, dar testemunho com nossas ações,
nossa unidade, aqui nesta terra. Somos chamados a testemunhar a nossa fé na Ressurreição
aos milhares de peregrinos e turistas que vêm em busca de Cristo e redescobrir as
suas raízes de fé.
“Em torno a nós, em nosso mundo árabe - disse Dom Twal
- uma inteira geração de jovens sacudiu o pó da triste história que lhe dizia respeito
e começou a buscar um novo caminho, marcado pela justiça e pela dignidade. Uma geração
à procura de uma ressurreição do seu povo e não tem outros instrumentos, para efetuar
a mudança, que a vontade e a confiança num futuro melhor. Vamos ajudá-los com nossas
orações, nosso encorajamento, nossos conselhos”.
“Isso é o que hoje se espera
de nós, sucessores dos Apóstolos e descendentes da primeira comunidade cristã”, afirmou
Dom Twal. “Devemos enterrar o nosso espírito mundano, as nossas divisões, a nossa
violência, a nossa descrença e nossos medos para conduzir uma nova vida, uma vida
de ressuscitados”. E concluiu: “Devemos deixar viver o homem novo, renovado, que acredita
na paz e em um futuro melhor, com a alegria de viver e deixar viver. Temos o direito
de sonhar este futuro melhor nesta terra”. (SP)