(21/4/2011) Em Portugal as instituições sociais reclamam junto das forças políticas
a criação de condições legais, financeiras e estruturais que permitam ao sector solidário
continuar a ser, cada vez mais, uma «mola amortecedora contra o desânimo». Segundo
o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), os
portugueses começam agora a “tomar consciência do volume de serviço” que as instituições
sociais prestam e “da necessidade de continuarem a prestar este serviço”, depois de
“bastantes anos” serem olhadas apenas como “um conjunto de boa gente que ia ocupando
o seu tempo”. Numa altura em que os partidos políticos preparam os seus programas
para o processo eleitoral que se realiza no próximo dia 5 de Junho , a Confederação
Nacional das Instituições de Solidariedade pede, em carta aberta às diversas forças
políticas, que esclareçam o rumo que pretendem traçar para o Sector Solidário nos
próximos anos. A organização reclama maior voz para uma força solidária que, a
nível nacional, presta actualmente auxílio a mais de 600 mil utentes, tem intervenção
decisiva em áreas como a saúde, a acção social e a educação, e emprega mais de 250
mil trabalhadores. O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade
lamenta que “as instituições sociais não sejam ouvidas”, em tempo de crise, quando
a troika” constituída pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), Banco Central Europeu
(BCE) e a Comissão Europeia está a promover reuniões com vários organismos políticos,
sociais e económicos.