A materna solicitude pastoral da Igreja em relação ao mundo do circo, uma ocasião
para romper solidões
(15/4/2011) Neste sábado dia 16 de Abril , celebra-se a segunda edição do Dia Mundial
do Circo, instituído pela Federação Mundial do Circo. O objectivo é divulgar o contributo
do circo como parte integrante da cultura humana e dar visibilidade às pessoas empenhadas
no mundo do espectáculo itinerante, como artistas, trabalhadores e equipes de segurança.
Haverá eventos relacionados com esta efeméride, em muitas nações do mundo. Para
esta ocasião, o Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes publicou
uma mensagem pastoral assinada pelo Presidente Dom Antonio Maria Vegliò e pelo vice-secretário,
Pe. Gabriele Bentoglio. Como se viu no recente Congresso Mundial da Pastoral para
os circenses em Dezembro passado, existe uma materna solicitude pastoral da Igreja
em relação a este mundo: o circo é ocasião para romper solidões, apreciar a beleza
de jogos e exibições, exercícios atléticos e artísticos, e para despertar a esperança
que gera paz interior nas nossas vidas permeadas de sofrimentos, ânsias e frustrações.
Reconhecendo o valor social, cultural e pedagógico do circo, o Arcebispo Veglió
reafirma a sua admiração pela obra internacional dos circenses. A “fantasia, a força
física e a habilidade” peculiares desta expressão artística “podem desempenhar uma
actividade educativa principalmente junto dos menores”. Além disso, o circo favorece
a socialização e ajuda a desenvolver a criatividade. A Igreja espera que o Dia
Mundial do Circo seja uma ocasião para recordar aos Estados e Governos o seu dever
de tutelar os direitos dos circenses para que se sintam plenamente parte da sociedade.
“Deve ser reconhecido o valor sócio - cultural do espectáculo circense, combatida
toda a forma de preconceito e valorizado a profissionalidade dos circenses” – diz
o Conselho Pontifício. O texto refere também o envolvimento de animais, frisando
que “o homem pode estabelecer com eles um relacionamento amigável e belo”; mas recomenda,
todavia, “que os proprietários dos circos controlem para que sejam bem tratados”.
Concluindo, o Arcebispo homenageia os circenses com palavras de João Paulo II,
proferidas em 1993: “O circo é capaz de fazer desabrochar um sorriso numa criança,
de iluminar, mesmo que por um instante, o olhar triste de uma pessoa só, e através
do espectáculo e da festa, aproximar os homens uns dos outros”.