(13/4/11) Cabo Verde! O país é pequeno e a sua população não chega a meio milhão
de habitantes, mas os cabo-verdianos que vivem fora do país – nos Estados Unidos,
África, Europa – são quase o dobro. Então, a partir de 1994 os quadros da diáspora
decidiram organizar, de quatro em quatro anos, um Congresso para enfrentar questões
relativas à integração dos cabo-verdianos nos países de imigração e encontrar formas
de melhor contribuir para o desenvolvimento de Cabo Verde. Assim, cabo-verdianos provenientes
de várias partes do mundo vão confluir para o Mindelo, Ilha de São Vicente, onde terá
lugar, de 18 a 21 deste mês, o V Congresso da Diáspora. O tema será “A Cultura como
Factor de Identidade e Desenvolvimento Nacional”. Serão mais de 500 os participantes.
De entre eles uns trinta da Itália: jovens, adultos e representantes de autoridades
locais italianas e doutros organismos ligados às migrações. Afrofonia de hoje
procurou saber um pouco mais sobre este Congresso e sobre a maneira como a comunidade
cabo-verdiana em Itália se preparou para nele participar. Para isso, ouviu os pareceres
de Maria Silva, delegada do Congresso em Itália; de Marilena Rocha, jovem cabo-verdiana
nascida e crescida em Nápoles, mas que se considera “filha do Congresso” e Jessica
Moreno, co-autora da peça teatral “Outsiders” sobre as vicissitudes das segundas gerações
de imigrados em Itália. De Lisboa, o Presidente do Congresso Prof. Wladimir Brito
fala do entusiasmo que o tema está a suscitar e responde às críticas relativas à escassa
aplicação das conclusões dos Congressos precedentes. Num período triste pelas
mortes de migrantes africanos no Mar Mediterrâneo, mortes às quais Afrofonia presta
homenagem, a emissão oferece aos ouvintes uma página luminosa sobre as migrações.
Oiça, então, a emissão em italiano, clicando no Alto-falantezinho.