2011-04-14 20:33:27

COMISSÃO CRIADA POR BENTO XVI ENVIA MENSAGEM AOS CATÓLICOS CHINESES


Cidade do Vaticano, 14 abr (RV) - A Comissão para a Igreja Católica na China, instituída em 2007 por Bento XVI, reunida esta semana no Vaticano para estudar as questões de maior importância na vida da Igreja no Gigante Asiático, dirige uma mensagem de apoio e de encorajamento aos católicos chineses.

"Movidos pelo amor pela Igreja na China, pela dor, pelas provações que estão enfrentando e pelo desejo de encorajá-los" – lê-se na mensagem aos católicos chineses – "constatamos o clima geral de desorientação e de ansiedade pelo futuro, os sofrimentos de algumas Circunscrições desprovidas de Pastores, as divisões internas de outras, a preocupação de outras, ainda, que não dispõem de pessoal e meios suficientes para enfrentar os fenômenos de crescente urbanização e de despovoamento das áreas rurais."

Mas o que emerge, apesar das dificuldades – ressalta a Comissão – é "uma fé viva e uma experiência de Igreja capazes de dialogar frutuosamente com as realidades sociais de cada território".

Entre as dificuldades do momento cita-se "o triste episódio da ordenação episcopal de Chengde", considerada pela Santa Sé, não como "inválida", mas como "gravemente ilegítima", porque "conferida sem o mandato pontifício". Portanto, ilegítima também para o "exercício do ministério".

A Comissão se diz ainda mais sentida por tal ordenação ter se verificado "após uma série de consagrações episcopais consensuais e pelo fato de os bispos consagrantes terem sofrido várias pressões".

Pressões externas que "podem fazer de modo que não se incorra automaticamente na excomunhão". E se "permanece, todavia, uma ferida provocada ao corpo eclesial", todo Bispo envolvido "deve referir à Santa Sé – solicita a Comissão – e encontrar o modo de esclarecer a sua posição aos sacerdotes e aos fiéis, professando novamente a fidelidade ao Sumo Pontífice, para ajudar a superar o sofrimento interior deles e para reparar o escândalo externo que foi causado".

Por isso, "a escolha de Pastores para a condução das numerosas diocese vacantes é uma urgente necessidade e, ao mesmo tempo, fonte de grande preocupação". Daí, os votos de que "o diálogo sincero e respeitoso com as autoridades civis ajude a superar" as atuais dificuldades, e de que "as relações com a Igreja Católica contribuam para a harmonia na sociedade".

Na mensagem se expressa alegria pelo fato de a Diocese de Xangai poder dar início à Causa de Beatificação de Paul Xu Guanggi, que se soma à do missionário jesuíta Matteo Ricci.

Refere-se, ademais, que – ao término da plenária – o Pontífice "reconheceu o desejo de unidade com a Sé de Pedro e com a Igreja presente no mundo inteiro, que os fiéis chineses não cessam de manifestar, mesmo em meio a muitas dificuldades".

"A fé da Igreja, exposta no Catecismo da Igreja Católica e a ser defendida também a preço de sacrifícios – lê-se no texto – é o fundamento sobre o qual as comunidades católicas na China devem crescer na unidade e na comunhão."

A carta conclui-se com o premente convite renovado por Bento XVI – na conclusão da reunião – a dedicar o dia 24 de maio próximo, festa de Bem-aventurada Virgem Maria, Ajuda dos Cristãos, à oração pela Igreja na China. (RL)







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