REUNIÃO ESPECIAL DO CONSELHO DO SÍNODO DOS BISPOS

Cidade do Vaticano, 13 abr (RV) - “Um programa sinodal amadurecido no âmbito da Assembleia, que está esperando para ser aplicado nas Igrejas presentes no Oriente Médio”. Assim, o Secretário-geral do Sínodo dos Bispos, Dom Nikola Eterovic, descreveu os discursos que Bento XVI fez durante a última assembléia sinodal em outubro passado. Ao apresentar os trabalhos da terceira reunião do Conselho Especial - realizada nos dias 30 e 31 de março último – Dom Eterovic retomou as linhas centrais das afirmações do Papa ao Sínodo, lembrando o tema do encontro “A Igreja Católica no Oriente Médio: Comunhão e testemunho. A multidão dos que haviam acreditado era um só coração e uma só alma”. (Atos 4, 32).

O secretário-geral do Sínodo - informa uma nota -, “fez ainda referência à situação atual no Oriente Médio, que obriga os cristãos a seguirem o exemplo da primeira comunidade da Igreja, na qual todos davam testemunho de comunhão, apesar de viver em dificuldades derivadas da novidade de vida que tinham abraçado, incluindo a oposição e inimizade de muitos”. Uma saudação foi feita de modo particular por Dom Eterovic ao novo Patriarca de Antioquia dos Maronitas, Sua Beatitude Béchara Boutros Rai.

A reunião especial do Conselho depois se dividiu em dois grupos para estudar um projeto de trabalho que apresentará de modo orgânico os conteúdos das Proposições estabelecidas no Sínodo, em vista da elaboração do documento pós-sinodal.

Entre as atualizações sobre as Igrejas particulares, informa o comunicado, houve uma “troca de ideias e de informações” sobre a situação geral no Médio Oriente e África do Norte. “A situação precária devido a movimentos sócio-políticos que dizem respeito às igrejas que compartilham as alegrias e as preocupações dos cidadãos, em muitos casos, forçadas a emigrar por causa da violência, da falta de emprego, da restrição da liberdade religiosa, da redução do espaço da democracia. Todavia permanece urgente a necessidade de um diálogo livre e frutuoso com as outras religiões e com os legítimos representantes dos poderes civis”, conclui a nota. (SP)