Roma, 10 abr (RV) - A Igreja deve ser uma comunidade inserida na realidade,
na história e na cultura dos povos. Esta comunidade é articulada com outras realidades
eclesiais na Igreja presente em todo o mundo e é enriquecida pela tradição apostólica
e pela experiência dos povos indígenas. Esta, em síntese, a mensagem dirigida aos
delegados que participaram do quarto Simpósio de Teologia para os indígenas, organizado
pelo Departamento de Cultura e Educação do Conselho Episcopal Latino-americano (CELAM).
O encontro, intitulado “A Teologia da Criação na fé católica, nos mitos, rituais
e símbolos dos povos originários cristãos da América Latina”, realizou-se em Lima,
Peru, e teve a participação de bispos, sacerdotes, leigos e especialistas de teologia.
Os delegados, após observarem que “a Igreja do Ocidente até o Concílio Vaticano II,
agiu a partir de um cristianismo com uma perspectiva eurocêntrica”, explicaram que
agora se abre à valorização das diversidades.
“O retorno às fontes e a abertura
às experiências históricas dos povos nos renovam. Para evangelizar e ser evangelizados
- acrescentaram - a Igreja entra em diálogo na busca de novos horizontes de vida a
partir dos valores e da visão do mundo dos povos indígenas”. Os delegados explicaram
que “a contribuição dos povos indígenas foi o de por a humanidade como parte da natureza
e por Deus presente e próximo que vigia sobre a vida e sobre a irmã terra mãe”. (SP)