Roma, 08 mar (RV) - Asia Bibi, a cristã paquistanesa condenada à morte por
blasfêmia e hoje em uma penitenciária, nos últimos dias contraiu uma doença exantemática,
que provoca erupções cutâneas por todo o corpo (pensa-se em varicela), enquanto ainda
não está claro quem foi capaz de infectá-la. Provavelmente porque a sujeira é predominante
em sua cela, nas suas roupas. O fato é que a doença enfraquece ainda mais o seu corpo,
já débil e provado por meses de prisão na solitária.
A Fundação Masihi, através
da agência de notícias Fides, lançou um apelo: “Agora, mais do que nunca, é urgente
uma intervenção médica. Estamos tentando organizar com as autoridades da prisão, a
visita de um especialista de confiança. Realmente tememos por sua saúde, que possa
ficar gravemente doente e morrer na prisão”. Asia, segundo os seus advogados, deveria
neste momento interromper o jejum da Quaresma, que está realizando, enquanto seu
corpo já está muito debilitado.
“Ela reza muito e faz jejum, oferecendo a
Deus o seu sofrimento. Mas esperamos que a visita dos médicos possa convencê-la a
retomar a alimentação. Deve fazê-lo para o seu bem e de sua saúde”, disse à agência
Fides, Haroon Masih, diretor da Fundação Masihi, que se ocupa da sua assistência jurídica
e material.
Entretanto, no mundo se multiplicam as comunidades que rezam por
Asia Bibi e pela sua libertação. Um convento de religiosas de clausura de Toledo (Espanha),
as Concepcionistas franciscanas (ordem fundada pela Santa Beatriz da Silva), começou
uma campanha de oração. Irmã Maria Imaculada, abadessa do mosteiro, escreveu uma mensagem
à Agência Fides: “Estamos acompanhando o caso de Ásia e estamos rezando por ela e
sua família, mas também para todos aqueles que morreram para defendê-la. Estamos felizes
que também o Santo Padre tenha se interessado à sua causa. Rezamos para que o Senhor
conceda a graça para a Ásia de poder encontrá-lo. Rezamos a Deus com todo o coração
para que um dia possa abraçar novamente a sua família”. (SP)