2011-04-07 11:54:37

REFUGIADOS: TRAGÉDIA PODIA SER EVITADA


Palermo, 07 abr (RV) - A Guarda Costeira italiana continua trabalhando hoje para resgatar imigrantes perdidos no mar após o naufrágio de sua embarcação próximo a Lampedusa, pequena ilha a poucas milhas do norte da África. A balsa afundou em águas territoriais da ilha de Malta, em meio a um mar revolto.

O barco de imigrantes e refugiados somalis, bengalis, sudaneses e eritreus, vindo da Líbia, transportava 300 pessoas e até o momento, a Guarda Costeira e pescadores sicilianos salvaram 50 das 300 pessoas que estariam a bordo. Helicópteros também localizaram vários corpos no mar.

Sobreviventes disseram à Organização Internacional da Imigração (OII) que conseguiram nadar até os barcos da Guarda Costeira que se aproximavam, mas vários outros se afogaram porque não sabiam ou não conseguiram nadar. A OII informou que entre os 300 estavam cinco crianças e 40 mulheres, das quais apenas duas sobreviveram.

Milhares de pessoas, a maioria de Túnis, capital da Tunísia, tentam chegar à costa italiana, fugindo das agitações políticas e da miséria e falta de oportunidades em boa parte do continente africano.

Em Roma, o fundador da organização humanitária ‘Habeshia’, dedicada aos refugiados africanos, lamentou que “a tragédia poderia ter sido evitada”. O sacerdote eritreu Mussie Zerai, conhecido como Pe. Moisés, criticou duramente a atitude da Europa, “surda”, segundo ele, diante do pedido de não bombardear a Líbia até que os milhares de eritreus, somalis e etíopes que lá vivem há anos em campos de refugiados das ONU sejam removidos.
(CM)








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