Cidade do Vaticano, 07 abr (RV) - Bento XVI recebeu esta manhã um grupo de
36 bispos indianos de rito sírio-malabarense, por ocasião de sua visita ad limina
Apostolorum.
Antes de iniciar seu discurso, o Pontífice recordou o Cardeal
Varkey Vithayathil, falecido há poucos dias, ressaltando os serviços que prestou ao
longo de tantos anos por toda a Igreja na Índia.
Em seguida, Bento XVI dissertou
sobre a especificidade da Igreja na Índia, cuja sua unidade se reflete em uma diversidade
de ritos e tradições. Exortou os bispos a continuar a promover a comunhão, deixando
que o comando suave de São Paulo continue a guiar seus corações e esforços apostólicos.
Dentro deste mistério de comunhão de amor, o Papa citou o matrimônio sacramental
e a vida familiar como expressões privilegiadas da participação na vida divina. Para
Bento XVI, as mudanças rápidas e dramáticas da sociedade contemporânea trazem consigo
não apenas desafios, mas novas possibilidades para proclamar a verdade libertadora
da mensagem do Evangelho para transformar e elevar todas as relações humanas.
Assim,
destacou que o apoio dos bispos, sacerdotes e comunidades na formação sólida e integral
dos jovens, além de capacitá-los e responsabilizá-los, pode beneficiar a cultura indiana
como um todo.
Neste sentido, o Papa exortou-os a serem pacientes e constantes
na catequese, pois a Igreja não pode mais contar com o apoio da sociedade para promover
a compreensão cristã do casamento como união permanente e indissolúvel voltada à procriação
e à santificação dos cônjuges.
Na sequência, Bento XVI agradeceu pela fé,
caridade e trabalho árduo das comunidades de religiosos e religiosas nas eparquias
do país. Estes religiosos, professando e vivendo os conselhos evangélicos de pobreza
e castidade e oferecendo na obediência um exemplo de completa devoção ao divino Mestre.
“A
vocação à vida religiosa e ao exercício da caridade perfeita é atraente em qualquer
idade – continuou Bento XVI – mas deve ser alimentada por uma renovação espiritual
constante e pela formação, que deve ser parte integrante do cotidiano de cada indivíduo
e da comunidade”. (CM)