2011-04-05 12:52:28

COSTA DO MARFIM: INTERVENÇÃO DA ONU


Roma, 05 mar (RV) - “Interviemos para proteger os civis”. Foi o que disse o Secretário-geral da ONU Ban Ki Moon, que deu sinal verde às operações militares na Costa do Marfim. Objetivo declarado: neutralizar as armas pesadas usadas contra a população pelos partidários de Laurent Gbagbo, presidente em fim de mandato, que se recusa a abandonar o poder. E ainda nesta manhã, em Abidjan, capital econômica do país, foram ouvidas explosões de armas pesadas. Entretanto, dos Estados Unidos, o Presidente Obama convidou Gbagbo a passar o poder ao presidente eleito Alassane Ouattara, cujas tropas nos últimos dias ocuparam as principais cidades do país.

E enquanto isso aumentam as polêmicas sobre a presença francesa na Costa do Marfim. A missão de Paris, paralela a da ONU - de acordo com o porta-voz do Presidente Gbagbo – “atua como um exército de ocupação”. Um comentarista do jornal italiano "Corriere della Sera”, profundo conhecedor da política exterior de Paris disse à Rádio Vaticano que se deve “salientar que a França está agindo sob mandato da ONU, portanto não é uma força de ocupação: Paris colocou à disposição seus soldados, de um lado, para proteger os muitíssimo civis franceses que trabalham há anos na Costa do Marfim, que é um dos principais parceiros comerciais da França, mas de outro lado, sobretudo, para dar legitimidade e execução ao processo democrático ocorrido com as eleições de novembro passado e a vitória internacionalmente reconhecida pelos observadores internacionais, de Ouattara.

Eu li algumas declarações – destacou ainda o jornalista - que os seguidores de Gbagbo acusam a França de ser a origem de uma possível nova Ruanda: Eu acho, - concluiu - francamente, que seja precisamente o contrário. (SP)








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