Havana, 04 abr (RV) - A Igreja Católica pede “reformas urgentes” no sistema
de saúde em Cuba. “O setor, antigamente considerado como de vanguarda, precisa hoje
de medidas orgânicas e eficazes para reduzir suas disfunções e carências” – dizem
os bispos.
Eles denunciam o degrado dos hospitais. O pessoal médico e paramédico
– poucos, para o volume de trabalho – tem elevado perfil profissional, mas são mal-pagos.
As estruturas estão deterioradas, os medicamentos insuficientes; ineficiência e corrupção
dominam.
Em um artigo publicado no semanário “Palabra Nueva”, assinado pelo
porta-voz do Arcebispado de Havana, Orlando Márquez, recorda um episódio trágico,
pouco divulgado pela imprensa: a morte de 26 pacientes do Hospital psiquiátrico de
Havana, em janeiro de 2010.
A nota critica as autoridades cubanas por terem
“ignorado os males emergentes nos serviços de saúde, que provocaram situações trágicas”.
O porta-voz fala do “medo” dos cidadãos de serem internados em hospitais públicos
e recorda que a contaminação das salas operatórias causou a morte de muitos pacientes.
Finalmente, destaca “a fadiga de médicos e enfermeiros, muitas vezes desnutridos,
nos postos de saúde da ilha”. (CM)