Cidade do Vaticano, 02 abr (RV) - Bento XVI enviou nesta semana uma mensagem
aos bispos das Comissões Episcopais da Família e da Vida na América Latina e Caribe
reunidos em Bogotá na Colômbia. Na sua mensagem o Papa voltou a destacar que a família
é o valor mais querido pelos povos latino-americanos e caribenhos, porém os lares
estão sendo intimidados em consequência de transformações culturais, instabilidade
social, fluxos migratórios, pobreza, programas educativos que banalizam a sexualidade
e falsas ideologias. Diante deste quadro não podemos ficar indiferentes.
A
família sempre teve um papel fundamental no bem-estar dos povos e dos indivíduos.
E hoje o seu papel continua a ser essencial mas é mais difícil. É que apareceram outros
educadores e os pais por vezes não têm tempo ou acham que os outros podem substituí-los.
O certo é que os problemas agravaram-se e o acento tônico na realização individual
secundarizou o bem-estar da família.
No mundo de hoje, muitas famílias são
atormentadas pelo conflito e arrasadas pela negligência e o abuso. O divórcio tornou-se
uma ideia que passa pela cabeça de muita gente e que, em muitos casos, se torna uma
realidade. Muitos pais facilmente fogem aos deveres de educar e preparar seus filhos
para a vida, perturbados pelo conflito com seus rebentos rebeldes.
Deve-se
portanto continuar a encorajar os pais no seu direito e responsabilidade fundamental
de educar as novas gerações à fé e aos valores que enobrecem a existência humana.
O Papa na sua mensagem mostra-se certo de que a Missão Continental promovida em Aparecida
pode relançar nos países da América Latina e Caribe a pastoral familiar. “As famílias
cristãs - disse - são chamadas a ser um verdadeiro sujeito de evangelização e de apostolado
e a tomar consciência da sua preciosa missão no mundo”.
Na família, podemos
encontrar a força de um relacionamento que é determinada pela disposição dos seus
membros em compartilharem seus sentimentos e de permanecerem abertos um para o outro.
Deus, em sua infinita sabedoria, criou a família, para que os seres humanos tivessem
um lugar de apoio, de encorajamento mútuo, consolo nas horas difíceis. Enfim, um
espaço para rir, chorar e sonhar. (SP)