Yamoussoukro, 1º abr (RV) - A Costa do Marfim está prestes a viver novos momentos
dramáticos. O confronto entre o presidente eleito, Alassane Ouattara, e o em fim de
mandato, Gbagbo, que se recusa a deixar o poder, parece estar chegando ao seu epílogo.
As tropas de Ouattara, depois da capital Yamoussoukro, também estão se preparando
para controlar completamente Abidjan, centro econômico do país, onde resiste o seu
adversário. Na manhã de hoje foi tomada a televisão estatal. Teme-se que a crise da
Costa do Marfim se resolva em um banho de sangue.
Entretanto, aumenta o número
de civis da Costa do Marfim em fuga da violência. Fala-se agora de cerca de 500 mil
pessoas que abandonaram as suas casas. Sobre a grave situação humanitária, a Rádio
Vaticano ouviu Riccardo Noury, porta-voz da Anistia Internacional Itália.
R
– “Estamos falando de meio milhão de pessoas que deixaram suas casas fugindo dos terríveis
confrontos que estão se verificando no oeste do país. Anistia Internacional nos últimos
dias lançou uma apelo à força de paz da ONU na Costa do Marfim: existem pelo menos
10 mil procuraram refúgio em uma missão católica em Douekoue, localizada a apenas
dois quilômetros da base da missão da ONU . Pediu também máxima proteção para essas
pessoas porque correm o perigo de retaliações e o risco que acabem novamente sendo
arrastadas para o conflito". (SP)