Trípoli, 24 mar (RV) - O Vigário Apostólico de Trípoli (Líbia), Dom Giovanni
Innocenzo Martinelli, advertiu que neste país africano “a pequena comunidade católica
foi reduzida”, como resultado dos choques entre as forças leais a Kaddafi e os rebeldes,
e dos bombardeios da coalizão internacional.
“Nas próximas horas deve partir
uma centena de pessoas, entre enfermeiras filipinas e trabalhadores de outras nacionalidades,
que desejam abandonar o país. Mas nos hospitais ainda há muitas enfermeiras filipinas
que continuam seu trabalho”, informou o Prelado na última terça-feira à agência Fides.
Dom
Martinelli indicou que nas celebrações litúrgicas “só participam os imigrantes africanos”,
o que é “um bonito testemunho de fé nestes tempos tão difíceis”.
No dia 11
de março o Prelado já havia advertido à agência vaticana Fides que a comunidade católica
estava diminuindo depois da partida de muitos fiéis estrangeiros, sobre tudo europeus.
Naquele dia indicou que “em Trípoli há 2.000 enfermeiras filipinas, em toda Líbia
provavelmente serão 5.000. Há também os professores de inglês: alguns retornaram a
seus países, outros ficaram porque as escolas estão abertas, ao menos em algumas zonas
de Trípoli. Tratamos de animá-los a viver este momento tão difícil à luz da fé”, disse.
Quando
começou o levantamento contra Kaddafi no dia 15 de fevereiro, havia em Líbia 100 mil
católicos, em meio de uma população de cinco milhões de habitantes.
Na Líbia
informou à Fides que no país há dois bispos, quinze sacerdotes, 16 comunidades religiosas
femininas e missionários, que decidiram ficar para servir os que sofrem. (SP)