Amigos e amigas, ouvintes da Rádio Vaticano, recebam uma saudação da longínqua terra
do Japão.
No momento em que estou a escrever este texto faz uma semana que
sucedeu a maior catástrofe do Japão depois da Segunda Guerra Mundial. O dia 11 de
março de 2011 ficará registrado na história e na recordação das pessoas como início
de uma longa agonia cujo final ainda não se prevê. Eram às 14.46, com as crianças
e jovens nos bancos das escolas, os trabalhadores em seus ofícios, os idosos em suas
casas e os doentes nos hospitais quando a natureza liberou sua enorme e incontrolável
energia à 130 quilômetros das costa leste da Ilha de Honshu,sacudindo violentamente
quase todo o país e provocando um tsunami de até 10 metros de altura.
No momento,
o quase insignificante tremor inicial foi aumentado sacudindo tudo, como se construções,
postes de energia e torres fossem brinquedos de criança. Cada pessoa, dependendo do
local onde se encontrava no momento, procurou um lugar que julgou seguro para se proteger,
como debaixo de mesas para não ser atingidas por objetos, locais com teto pequeno
que resiste mais à rachaduras e outras ainda em locais abertos para não ser atingidas
por algo despencando de edifícios.
Contudo, as cenas que impressionaram o
mundo foram aquelas da chegada dos tsunamis arrasadores às povoações e cidades junto
ao mar das províncias do nordeste da Ilha de Honshu. Apesar do uso em profusão das
tecnologias usadas para monitorar e orientar a população para se afastar da costa
e se refugiar em lugares mais elevados milhares de pessoas não tiveram tempo suficiente
para salvar suas vidas. Aquelas que puderam se afastar em tempo testemunharam com
seus próprios olhos o avanço implacável e soberano da onda imensa tragando casas,
carros, barcos e tudo o que estivesse pela frente.
Imediatamente as equipes
de socorro e salvamento entraram em ação. Encontrar qualquer sinal de vida humana
e mesmo animal seria como encontrar um tesouro no meio de tanta destruição. Felizmente,
a solidariedade e o trabalho incansável das equipes de socorro do Japão deram esperança
de um novo começo para muitas pessoas. Missionário Padre Olmes Milani CS.