Nova Iorque, 18 Mar (RV) – O Conselho de Segurança das Nações Unidas aprovou,
nesta quinta-feira, uma intervenção militar na Líbia. Estão autorizados ataques aéreos
contra tanques e outras formas de artilharias pesadas dos exércitos de Muammar el-Kadaffi,
além de uma zona de exclusão aérea. Uma possível intervenção das forças internacionais
evitaria uma derrota sangrenta dos rebeldes que lutam contra os soldados leais ao
ditador.
Enquanto a autorização da ONU não saia, as tropas de Kadaffi avançaram
cerca de 240 km rumo à capital rebelde Benghazi. Agora, o Conselho de Segurança diz
que os países membros têm carta branca para tomar "todas as medidas necessárias" para
proteger os civis na Líbia: palavras diplomáticas para uma ação militar.
Diplomatas
disseram que a resolução, aprovada por 10 votos a zero, com abstenções de Brasil,
Índia, Alemanha, China e Rússia, foi escrita a "mão solta" para permitir uma vasta
probabilidade de ações, que incluem ataques contra sistemas de defesa aérea das forças
de Kadaffi e também ataques com mísseis disparados de navios.
Quando a notícia
chegou à capital rebelde, Benghazi, milhares de pessoas comemoram na principal praça
da cidade, inclusive com fogos de artíficio. A porta-voz dos rebeldes disse que as
pessoas ficaram eufóricas e que apesar da demora, a sociedade internacional não vai
permitir que as forças contrárias ao regime de Kadaffi sejam derrotadas.
As
estratégias militares na Líbia serão coordenadas, em conjunto, por Estados Unidos,
Reino Unido e França. (RB)