Bruxelas, 18 mar (RV) - Intolerância e discriminação contra os cristãos na
Europa: sobre este assunto, acadêmicos e deputados de diferentes países da Europa
e de outras partes do mundo discutiram no seminário realizado quarta-feira à tarde
em Bruxelas, no Parlamento Europeu. Os trabalhos tiveram início com o discurso do
professor Joseph Weiler, da Universidade de Nova York.
A senhora Gudrun Kugler,
diretora do Observatório sobre a intolerância e discriminação contra os cristãos,
que está localizado na Áustria, apresentou um relatório dos últimos cinco anos e confirma:
na Europa aumenta a cristianofobia. Deu um exemplo a todos: uma professora foi processada
na Croácia, por ter manifestado a oposição da Igreja sobre a homossexualidade.
Em
seguida, a professora Lourdes Ruano Espina falou sobre a situação na Espanha, onde
na legislação se faz estrada a marginalização de todos os credos religiosos. O professor
Richard Komicki do Reino Unido recordou o caso da aeromoça da companhia nacional,
que foi proibida de usar um pequeno crucifixo no pescoço, e exortou os cristãos a
permanecerem vigilantes no que diz respeito aos basilares direitos humanos, incluindo
a liberdade religiosa. O professor Massimo Introvigne representante sobre esses temas
junto à Organização para a Segurança e Cooperação na Europa, falou sobre o crescimento
do fundamentalismo: um fundamentalismo que se une a ideologias sem "se" e sem "mas"
e promove um sentimento de anti-religiosidade que se transforma em intolerância.
O
Professor Joseph Weiler, da Universidade de Nova York, disse à Rádio Vaticano que
a única coisa que acha mais alucinante “não é o fato de que há discriminação, ódio,
cristianofobia, mas que isto seja aceito, que ninguém proteste e que o evento de Bruxelas,
seja um dos primeiros do gênero. Se a mesma coisa acontecesse com os judeus ou com
muçulmanos, ganharia as manchetes dos jornais! Quando toca aos cristãos, parece rotina.
Isso não pode mais ser tolerado”, concluiu. (SP)